quarta-feira, 16 de novembro de 2011

SEDE DE VIVER

   Minha primeira postagem... Após minha filha fazer este blog para que eu possa expressar meus anseios e colocar impressões sobre a vida. Aposentada a duas semanas, engatinho nos desejos, mas vamos lá!

   Ontem a noite assisti o filme que gostei muito "A Difícil Arte de Amar", filme de 1986, com Meryl Streep e Jack Nickolson. O filme traz esse dilema, a vivência do amor para dois amantes e como cada um se diferencia a partir dos sentimentos vividos, do estágio de maturidade e da evolução a partir de sua existência. 

   A mulher, romântica, buscando viver uma vida que valha a pena no sentido da reciprocidade do afeto e não tem correspondência dos seus desejos, o que lhe traz decepções. Mas insiste na busca, tem coragem de se atirar ao que lhe parece fundamental - doar-se. 

   Já seu companheiro, apresenta descaso desinteresse destoa por completo da mulher após o período de enamoramento. Mostra a face imatura, quer viver emoções fora do casamento, estraga as perspectivas de viver o verdadeiro amor. 

   Infelizmente, muitas vezes um dos parceiros ainda não está pronto, apresenta estágios de menoridade (que talvez persistam por toda a vida), não conseguindo atingir o estágio necessário a vivência do verdadeiro amor. A personagem de Meryl Streep reconhece a impossibilidade e sai a busca de melhores dias junto aos filhos. O filme é triste, mas belo em seu significado. Valeu a reflexão!

   Agora mesmo acabei de ver outro filme, no canal TCM, que realmente me tomou. Digo isso porque tudo que se refere a VINCENT VAN GOGH me interessa extremamente. Li muitos livros que contam sobre sua vida, suas pinturas, as cores que o dominavam, suas angústias existenciais... E o filme retratou bem seu cotidiano em pleno século 19. 

   O filme chama-se "Sede de Viver", de 1956 (coincidência com o ano do meu nascimento), estrelado pelos ícones Kirk Douglas (Van Gogh) e Anthony Quinn (Paul Gauguin). É ao mesmo tempo triste, pois retrata a dor daquele homem intenso, verdadeiro, angustiado e em busca de respostas para a existência, muitas vezes, malograda; e também, belíssimo ao delinear toda a magnífica carga de emoções e sentimentos presentes na sua pintura, os movimentos das cores, a luminosidade sendo ampliada no decorrer de seus trabalhos. Senti-me privilegiada ter assistido este filme. Já fui a peças de teatro que falam dele, já me atrevi até mesmo a fazer um poema... Deixa eu ver onde está para publicá-lo aqui... E ainda tem mais, você pode constatar no meu nickname, não é! É paixão mesmo.

08/01/2012


Encontrei o poema que tinha mencionado. Eis:


"Expressionismo


Vermelho, cor de sangue, todos os matizes

nos vários tons o amarelo faz brilhar
verde musgo, bandeira, pistache
o preto não existe, só variedades de cinza.

Tonalidade forte, expressionismo

realidade inscrita com marca pingente
pintura amostra de emoção
vestida das cores viris

Van Gogh se apresenta em meu espírito

suas cores também minhas o são
transformo minhas dores
num cotidiano fortemente colorido."