domingo, 29 de abril de 2012

CORES... BOM ASTRAL!

   Eu estava comentando com algumas pessoas o quanto eu gosto do colorido. As cores realmente são fundamentais em nossa vivência. Aprendi com uma amiga há muitos anos a utilizar a Cromoterapia como uma arma para manter longe a tristeza e a depressão que, de vez em quando, tentam nos apossar, né mesmo!


   Eu sigo essas regrinhas e elas servem bem para ajudar a gente a melhorar o nosso mundo exterior. Um mundo exterior com maior brilho vai facilitar o trato com o mundo interior. Arrumando o mundo exterior, este será a ponte para lidar melhor com a construção interna, que demanda muito mais elaborações que simplesmente cores.


   Eis as regrinhas que me ensinou a tal amiga: utilizar pelo menos alguma peça de roupa ou acessório que contenha a cor indicada (ou suas nuances também) em determinado dia da semana. 


   A cor da Segunda Feira é o amarelo. Amarelo, a cor da amizade, do encontro, da luminosidade, energiza... 


   Já a Terça Feira vamos com o rosa, a cor do amor...


   Na Quarta Feira o ideal será o uso do branco em alguma peça, que dá a leveza, amplia possibilidades, relaxa e acalma... 


   Quinta Feira vá de verde... (eu adoro o verde). Significa a harmonia, o bem estar, o equilíbrio.


   Na sexta espante o desânimo, energia vital com o vermelho. O vermelho ativa nossas energias, é vitalizante, potencializador.


   Sábado encontre no azul uma peça para tal dia. O azul acalma, tranquiliza, dá paz. No domingo prefira o lilás, também a cor que simboliza a serenidade, o amor, a auto-estima.


   Lembre-se: são apenas dicas para melhorar o astral, se vão influenciar ou não, depende do seu estado de espírito. Agora tem uma observação básica... Nada de excesso de nenhuma cor, pois o efeito pode ser exagerado e não alcançar o que é o desejado. 


   Nada de colocar peças de cores neutras, tipo preto, marrom, bege... em demasia (use apenas para compor), pois em excesso trazem uma sobrecarga desnecessária à figura.


   Experimente e verá que ao sentir o mundo com mais cor, isso se refletirá em todo o seu estar no mundo. Não custa tentar, não é! Se bem não fizer, mal também não fará. Mas você estará com o aspecto rejuvenescedor  das cores.


   Também, nada de rigidez, mas flexibilidade nas escolhas... Bom dia VIDA!!!

sexta-feira, 27 de abril de 2012

RISOS SOLTOS

   Enquanto aguardava ser atendida, fiquei a folhear a Revista Caras (20/04/12) pra passar o tempo e não é que achei uma citação que muito me agradou, com um tema que constantemente retomo, veja que bonita: 

   "O riso, como dizem os filósofos, nasce da novidade e da admiração e, cessando a novidade ou a admiração, cessa também o riso." 
Pe. Antônio Vieira
(1608 - 1697)

   O Pe. Antônio Vieira, como você sabe, foi um missionário (que veio com a missão de catequizar os índios no século XVII, aqui no Brasil); e poeta, escreveu muitos poemas, são famosos os seus sermões. É um grande representante dos poetas portugueses da era barroca.

  Gostei da citação porque o riso é algo que compromete o nosso estar no mundo. Quando falta sentimos o caminhar com menos empolgação. O autor dá a entender que a novidade e a admiração, quando presentes, dão uma entonação diferenciada na vida da gente.

  A novidade não estando presente nota-se uma vida de rotina, um cotidiano sem mudanças. A vida se torna pobre, sem atrativos que nos impulsionem. Normalmente nessas situações todos reconhecemos a triste figura... desanimada e cômoda.

   Buscar o novo sempre dá aquela sustância necessária para uma vida com alegria. 

   A outra, a admiração, está sempre presente quando vemos a vida com um olhar mais amoroso, mais gentil, mais solidário, porque existe a partir do outro. O amor (em todos os níveis) traz a condição ideal para o florescimento dessa característica. 

   Por isso é interessante manter acesas as chamas da novidade e da admiração em nosso caminhar durante a vida. Enriquecer o dia a dia é nossa obrigação. Ver um mundo com mais cores, com mais brilho dá uma leveza aos diversos lances que vamos enfrentar até a nossa hora derradeira.

   Nada de pessimismo e de ficar gorando as coisas... Mas a busca constante de novidades e admiração! Já imaginou que triste o mundo sem boas risadas... Sem amor...    

quarta-feira, 25 de abril de 2012

PAUSAS

 
   Ando meio preguiçosa neste mês de abril, heim! Mas é que fiquei sem Internet no fim de semana e além disso, estou ralando como mãe que precisa, ainda, acompanhar os estudos dos filhos. 

   Quem diria que eu aos quase sessenta ainda ando nesta labuta... Vai casar velha e ter filhos velha e verá! Tais obrigações não se repassam... Uns filhos são mais autônomos, outros precisam da força amiga que acompanha a exigência de mãe. É o meu caso, no momento. Esperando que a força do tempo crie o amadurecimento necessário.

   Tenho poucas novidades com relação a filmes interessantes, por causa da tal falta de tempo no momento... Tive que dar uma pausa na minha lua de mel com a aposentadoria... Ossos do ofício.

   Mas finalmente estou lendo Grande Sertão Veredas, de João Guimarães Rosa. Comprei o livro nos anos oitenta e tinha tentado ler por diversas vezes, não estava pronta. Agora que estou mais envolvida com a Literatura, estou redescobrindo o linguajar criado por ele. 

   Tenho me surpreendido com umas descobertas interessantes, quando ele conta dos buritizeiros existentes nas terras que enveredavam... e até o Jalapão já era mencionado lá ("Por aí, extremando, se chegava ao Jalapão _ quem conhece aquilo? _ tabuleiro chapadoso, proporema..."). Saber que andei por lá... Bom, no tempo em que ele conta, lá era um fim de mundo e conhecido apenas pelos desbravadores, entre eles, os jagunços.

   Tem uma frase que gostei muito e até já a tinha anotado: "Toda saudade é uma espécie de velhice", descrita numa fala do Riobaldo, o personagem principal da obra. Agora que estou na fase, eu sinto que é muito verdadeiro o tal dito. Volta e meia eu ando retornando ao passado, à infância (nos poemas, nos textos etc), com as significativas rememorações... Que parecem ser comuns na nossa idade. Ah! Eu acho tão bom tais lembranças...

   Deixa eu cair na realidade que a obrigação me chama... Até depois!   

sábado, 21 de abril de 2012

ALGUÉM QUE TE TRANSFORME!!!

   Sabe que estou sentindo muita pena de escrever algo hoje e a postagem anterior ser apenas passado. Parece que eu estava iluminada naquele momento da escrita e com poucas palavras uma reflexão interessante sobre o EU e o relacionamento a dois surgiu. Espero que tenha gostado!!!


   Eu e a minha mania de cantar o amor. Não sei, porquê não... Devo ter uma índole muito esperançosa, crédula e totalmente positiva. Acredito no tal sentimento como uma verdade! Uma verdade capaz de transformar o ser humano.


   Mas fiquei chocada quando uma pessoa me disse de forma muito amargurada que perdeu a esperança no amor... Que está difícil encontrar alguém nos dias de hoje... Alguém que queira um relacionamento verdadeiro, comprometido, com intenção de formar uma família... No entanto, também observei que a pessoa esqueceu de si mesma, sem investimento em seu projeto de vida, no seu futuro e colocando o outro como responsável pela sua completude.


  Parece que isso está sempre acontecendo, né! Nós, no senso comum, entendendo o viver a dois ainda na velha e tradicional história do conto de fadas: "A bela adormecida e seu príncipe encantado". A mulher quer um príncipe, o homem quer uma princesa, que imaginários... não têm defeitos. 


   Essa idealização faz com que vivamos uma fantasia irrealizável, que nada tem  de mágico. No nosso mundo real, temos são gatas borralheiras e... homens comuns. Ambos com defeitos... e qualidades também... 


   Mas a descoberta sugere uma vivência mais duradoura, de construção paulatina da vida a dois; uma avaliação constante do compartilhar a vida em comum; o abrir mão de determinados gostos para não ferir o ser amado (desde que também não se anule, mas ceder em certos aspectos, para alcance de uma relação gratificante).


   A construção diária da relação a dois é compromisso de um casal que quer verdadeiramente ser feliz... Chegar perto de ser princesa e príncipe encantados é trabalho árduo (se existir amor, chegaremos perto).


   Esquecer de investir em si mesma (o)... N U N C A!!! Somos seres interdependentes e para sustentar uma relação temos que respeitar a individualidade de cada um, suas características únicas, seu jeito de ser, gostar de si tal qual é (o que não significa deixar de melhorar... sempre!!!).   

domingo, 15 de abril de 2012

"ALGUÉM QUE TE TRANSBORDE"

   "Antes de procurar alguém que te complete, primeiro complete a si mesmo e depois busque alguém que te transborde." 
Clarice Lispector

   Linda a citação da Clarice Lispector, não é! Ela que era uma mulher densa, poética, e que em seus diversos livros traz toda a carga existencial do viver humano em suas angústias, tristezas, e aquela carga de previsibilidade da vida tal como ela é ... com tamanha intensidade que durante a leitura isso nos toma, somos tais personagens.

   Mas a citação acima é extremamente interessante, pois retoma a importância do estar bem consigo mesma (o) e gostar... como falado em postagem antiga. Muitas vezes, colocamos no outro uma responsabilidade tão grande pela nossa felicidade, pelo nosso prazer, pelas nossas alegrias,... assim por diante e, esquecemos que somente o "EU" tem a responsabilidade de buscar estar bem consigo mesmo.

   É muito cômodo esperar que o outro supra todas as carências, as quais a própria pessoa ainda nem sequer se dá a conhecê-las. Aí vem toda uma relação neurótica embutida na vida a dois, o que deteriora a possibilidade de uma relação amadurecida e de complementação.

   Uma vivência tranquila e sábia, com companheirismo, é alcançada a partir do momento em que você não precisa de ninguém para ser feliz, apenas de você mesma (o). 

   Ter um (a) companheiro (a), uma companhia que nos faz bem, é algo formidável, mas não essencial. Isso é completamente claro para todos que têm um conhecimento de si mesmo o suficiente para tal clareza. 

   Conhecimento que é possível para todos nós, mortais, basta estar aberta (o) ao processo do conhecer a si mesma (o)... Um (a) psicólogo (a) realmente ajuda a, em parceria, fazer essa descoberta paulatinamente, com um amor que não julga... Não seria bom estar inteira (o) na relação??? 

quinta-feira, 12 de abril de 2012

LAZER E CULTURA

   Já estamos na quinta-feira. Passa o tempo cada vez mais rápido.


   Na semana passada vi um filme delicioso - As Mulheres do 6º Andar, 2011, francês, do diretor Philippe Le Guay, passado na Paris dos anos 60. Mostra um casal burguês que após a saída da antiga empregada que os serviu por 20 anos, se veem perdidos com a confusão da casa. Contratam uma de origem espanhola, que mora juntamente com outras nos alojamentos existentes no 6º andar.


   O dono da casa (Joubert) começa a participar da vida daquelas mulheres sofridas, mas ricas em alegria, em canções, em desejos, com uma simplicidade que o capta a tal mundo. O casal briga por ciumes da esposa, que é uma mulher fútil e com uma vida que se resume a massagens, estética, moda, chás com as amigas. Ele deixa a casa por ordem da esposa e acaba por ocupar um dos alojamentos do 6º andar e se transforma - aparenta uma paz de espírito que há muito não experimentara.


   Com a convivência vai participando cada vez mais das vidas das espanholas, acompanhando-as em festas, em questões religiosas e aos poucos vai tecendo um amor entre ele e Maria (empregada em sua casa). Eles se envolvem e as esperanças dele se renovam visando uma relação gratificante.


   Mas, na calada da noite Maria foge, retorna à sua terra natal em busca de seu filho, que foi doado por sua família, por ser ela muito jovem à época. Joubert retorna à sua casa com o intuito de finalizar a relação com a esposa e recomeçar vida nova e só descobre depois que a amada fugiu.


   Passados três anos, ele vai para a Espanha em busca daquela mulher que não conseguiu esquecer. E se encontram. 


    Interessante vermos que àquela época as espanholas iam procurar melhores condições de vida na França, quer dizer, a mão de obra era sujeitada ao povo simples da Espanha.


   O filme é de uma leveza, gostoso no decorrer das cenas e mostra com sutileza que os desejos e sonhos de uma pessoa, no fundo, são simples, e que necessitamos mesmo é de ser queridos. É essa a busca importante. Delicioso este filme, vale a pena ver.


   No domingo passado uma amiga me convidou para ir a um show da MARIA RITA, filha da famosa cantora brasileira falecida ELIS REGINA, no festival VIVA ELIS. Foi um ótimo programa de tarde de domingo, em boa companhia, além de nós, mais de nove mil pessoas.  Com canções escolhidas e que retrataram os momentos mais significativos da carreira de Elis Regina.


   Apenas se observa que realmente cada pessoa é única em seu talento. A potência de voz, a espontaneidade, o jeito moleca "suis generis" da Elis são coisas inimitáveis. E não foi a intenção da Maria Rita, que se mostrou confiante em seu taco, com seu jeito característico. Mas em algumas situações, se a gente não focasse o olhar para ela e apenas sentisse a voz, parecia que era a Elis que cantava. Não tem como a Maria Rita evitar isso na vida profissional de cantora, semelhanças são claras e ao mesmo tempo muitas diferenças (o que é muito saudável, não é mesmo!).


  Finalmente, ontem vimos um dos filmes do Festival de Luís Buñuel, que está na Sala Humberto Mauro, no Palácio das Artes (de graça! É gratuito!). Ótimos filmes em um lugar onde se transpira cultura, muito boa experiência. Depois ainda tem gente que não sai de casa dizendo não ter boas opções gratuitas. Não é verdade! Experimentem!!!

domingo, 8 de abril de 2012

CUIDE DE SUA CASA!!!

   Todos temos que arrumar a casa, né!
  
  Tem até o ditado que diz que primeiro a gente tem que arrumar a casa da gente para depois se preocupar com a dos outros. Claro que a análise aí é a da casa interior... das angústias...dos problemas existenciais... que muitas vezes atravancam e bloqueiam os talentos. E a casa fica desarrumada!


   Não é esse o nosso objetivo, mas nesta poesia de Carlos Drumond de Andrade dá para a gente fazer generalizações e pesquisar também o nosso mundo interior. Olha só que linda!


  " CASA ARRUMADA
Carlos Drumond de Andrade

A vida é muito mais que isso...

"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está 

no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência 

egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos 

também a felicidade."

Casa arrumada é assim:

Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa 

entrada de luz.

Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um 

cenário de novela.

Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os 

móveis, afofando as almofadas...

Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:

Aqui tem vida...

Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras

e os enfeites brincam de trocar de lugar.

Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições

fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.

Sofá sem mancha?

Tapete sem fio puxado?

Mesa sem marca de copo?

Tá na cara que é casa sem festa.

E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.

Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da 

tarde.

Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,

passaporte e vela de aniversário, tudo junto...

Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.

A que está sempre pronta pros amigos, filhos...

Netos, pros vizinhos...

E nos quartos, se possível, tem lencóis revirados por gente que brinca

ou namora a qualquer hora do dia.

Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da 

gente.

Arrume a sua casa todos os dias...

Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...

E reconhecer nela o seu lugar."


   Vamos arrumar as nossas casas??? A externa e a interior. Com certeza em ambas as situações, estaremos construindo o arcabouço necessário para ir adiante nas demais construções que a vida nos coloca. 

sexta-feira, 6 de abril de 2012

DOCUMENTÁRIOS DE MOORE

   Assisti ontem a dois documentários muito tristes e críticos, ambos do cineasta americano Michael Moore, no Telecine Cult. O primeiro Capitalismo - Uma História de Amor e o segundo S O S Saúde (em inglês chamou-se SICKO).


   O documentário Capitalismo - Uma História de Amor, de 2009, traz uma contextualização da vivência do capitalismo pelos norte-americanos e de como este sistema contribuiu para o acirramento das diversas crises e, principalmente, da última crise vivenciada pelos cidadãos norte-americanos.


   Mostrou de forma bem arquitetada toda a artimanha das elites donas do poder local, obcecadas em manter seu status quo eternamente, em detrimento do seu povo. Apesar do cineasta focar apenas o nível da classe média, trouxe à tona, questionamentos acerca do capitalismo, modelo econômico, onde o mercado (financeiro, grande incorporações, etc) está em primeiro lugar e não as pessoas. 


   Mostrou claramente o caminhamento desses governos que agem de forma totalitária sub-repticiamente, com a justificativa de que está a serviço da democracia (falsa!), iludindo toda uma população de um falso ganho.


   Está presente toda a característica que se constata nas sociedades capitalistas: cultura do individualismo, da produtividade a todo custo para alcance do lucro,  descaso pelo trabalhador, pelo sujeito, pelo outro, fim da solidariedade, a sociedade é apenas um fim em si mesmo para a perpetuação do poder nas mãos da elite.


   Finaliza mostrando como os eleitos para governar o país são colocados lá por meia dúzia de poderosos que dominam o país, através das trocas de favores, da corrupção, dos lobbys, da compra de políticos interessados apenas em seu bolso. Já pensou se ele também mostrasse realmente a pobreza existente na maior nação imperialista do mundo... 


   Eu estava assistindo e imaginando que nós estamos vendo exatamente isto acontecer aqui no Brasil... em Minas Gerais... Vocês conhecem aquela propaganda do Whisky Dreher : "Eu sou você amanhã". Pois é, esse documentário está ficando a cara do Brasil, das Minas Gerais desses novos tempos. Será que dá tempo de reverter a situação???... Como diz o Pedro Porfírio só deixando de ser analfabeto político e os jovens tratando de assumir seu papel principal na luta política! 


   E não acabou por aí: o segundo documentário, de 2007, O S O S  Saúde é muito mais cruel. Trata da saúde do povo norte americano que não possui seguro de saúde. Lá não existe a saúde pública (apesar de ainda em processo de construção, nós, temos o SUS!) e mesmo para os que podem pagar por um seguro, o atendimento deixa muito a desejar. 


   Trouxe exemplos de casos de pessoas com problemas de saúde de escandalizar a nós, que somos dos países de terceiro mundo, pois vem da  nação que se intitula a mais rica do mundo. O exemplo que mais me chocou foi de um trabalhador que decepou dois dedos na máquina de trabalho e devido ao alto preço das operações, teve que optar pela operação de apenas um dos dedos. E os médicos, realmente, o deixaram sem um dos dedos (que medicina perversa!). 


   Sei que o documentário é deprimente, apesar de reconhecer criticamente que mostra apenas as dificuldades que a classe média está passando naquele país. E o absurdo é que até hoje ainda estão indecisos (os políticos) em aprovar a lei que estabelece a saúde publica. É de assustar o tal documentário!!! 

quinta-feira, 5 de abril de 2012

APOSENTAR... VIDA ATIVA

   Senti uma emoção tão boa na segunda-feira (eu a amo realmente!). Estava num compromisso de lazer e ao término do encontro, pude ter uma sensação tão calma e conclui... Eu estou amando estar aposentada... Ter um tempo que eu mesma administre... fazer coisas pelo simples prazer de fazê-las, pois antes, com a vida corrida que eu levava, mal dava tempo para respirar entre as diversas obrigações. Olha, é muito bom sentir isso!


   Claro que a gente deve se preparar para a aposentadoria, deve ser algo planejado, pois o ritmo de trabalho seguido por mais de 35 anos, faz com que nos sintamos uteis e de repente, sem o devido preparo e sem conscientização necessária desse novo status, muita coisa pode ir por água abaixo.


   Não foi o meu caso, principalmente porque até seria um absurdo, pois fui instrutora em grupos de preparação para aposentadoria. Nos diversos módulos, as pessoas com o desejo de se aposentarem, eram levadas a refletir sobre o que fazer após esse tempo, no sentido de não se entregarem aos sentimentos de acomodação, tristeza e depressão. Descobrir que o objetivo de vida é ATIVIDADE para a vida toda. 


   Atividade deve existir sempre para não só satisfazer um desejo pessoal, um sonho almejado há muito, mas pela necessidade que temos de manter todo o nosso mecanismo funcionando a pleno vapor, tanto para bem físico quanto psicológico.


   Não só no meu caso, como em todos os casos, a pessoa deve se preparar para esta etapa com muitos anos de antecedência para ir estruturando os novos planos de vida. E foi ter trabalhado esta etapa devagar até a sua finalização na data derradeira, que me deu a certeza de estar fazendo o que era correto.


   Muitas pessoas que trabalharam nos grupos de preparação para aposentadoria desistiram de se aposentar, preferiram continuar com aquele ritmo que estavam acostumados... É uma opção, uma escolha, e isso é que é importante... definir o que se quer naquele momento. 


   Por sinal, neste mesmo dia, encontrei um colega de trabalho que tinha se aposentado há muitos anos. Contou-me que logo que aposentou, fez dois cursos de graduação ao mesmo tempo, mas nas áreas em que era apaixonado, Letras e Belas Artes (na área da fotografia). Lá estava ele com sua máquina fotográfica, sempre pronta para as surpresas que poderiam surgir. Foi um ótimo encontro, bom papo, o que vem mostrar que acompanhar o conhecimento traz conteúdos que sempre acrescentam e mudam o modo de ver a vida. Hoje ele faz exposições de fotografia e utiliza também o aprendizado conquistado em Literatura. 


   Ficar na ociosidade... JAMAIS... Mas aproveitar o tempo com um olhar crítico, utilizar esse tempo com sabedoria. Eu estou trabalhando para,  pois aposentei muito recente  e ainda estou nas experimentações (me permitindo a isso!). Investindo realmente no que eu desejo fazer, no que eu quero contribuir e, me permitindo, também, sentir o prazer de usufruir disso!!! Eu o disse... É muito bom sentir isso!!!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

NOSTALGIA

   Senti uns arrepios ontem à noite, uma grande nostalgia me arrebanhou ao lembrar de minha juventude... Ai como foi bom aquele sentimento ao assistir o cantor CELSO ADOLFO, ontem na TV Senado, sendo entrevistado por Beto Almeida e contando os seus 30 (trinta) anos de carreira e falando do novo CD Estrada Real de Vila Rica.


   Como vocês sabem ele é mineiro, contou que de São Domingos do Prata, um verdadeiro poeta, adorador de suas terras - as Minas Gerais, que são cantadas nas suas canções com linda poesia.


   Ele contou que em 1978 compôs a bela canção Canto Brasileiro, numa prancheta de seu local de trabalho. Falou com tanto carinho do lugar em que trabalhava, que me reportou a esse mesmo tempo em que eu participei umas poucas vezes de sua leve companhia como colega de trabalho. 


   Trabalhávamos na mesma empresa e era observável que ele se diferenciava dos outros rapazes; solto, sempre de bom humor e com seu jeito característico de lidar com as palavras. Eu lembrei de quanto eu era ingênua, nos meus 18 ou 19 anos e ele tão à frente de seu tempo nos seus sonhos e no seu lirismo.


   Sua companhia era muito agradável; ele tinha sempre que passar pelo meu setor para ir ou sair do setor dele. Uma vez eu o pedi que me levasse a uma loja para comprar uma sandália idêntica à que ele tinha, num estilo hippie que eu gostava muito. Fomos e eu me lembro bem  da tarde prazerosa que passamos juntos. 


   Ele, até chegarmos à loja, parava em tudo quanto era lugar que vendia discos... e comprava alguns... dizia que adorava tocar o violão e escutar as canções no cantinho do quarto. Também tinha uma mania que eu achava super engraçada... para ele todas as mulheres eram Isabel (ou Maria Isabel??? não me lembro bem). Senti que compartilhei  de um breve momento de sua vida. Depois fomos por caminhos diversos. Ele o disse na entrevista "vim com essa missão de fazer canções, músicas e dela não faltarei". 


   Ali estava ele, na minha frente, com seus cabelos grisalhos, encaracolados, um homem que encontrou seu caminho, falando com carinho da esposa e de sua história. Ah, nada como a maturidade! Ele contou como surgiram várias de suas canções: Terras Altas da Mantiqueira, Barcarolas de Lisboa, Canoa do Guacuí, e a mais antiga "Nós Dois" . Ele cantou trechos e ao cantar Canoa do Guacuí, foi ele cantando e eu com vontade de chorar e o peito dolorido... Quanta musicalidade da nossa querida terra Minas Gerais. Passei bons momentos de lembranças assistindo à sua entrevista. Deu muita saudade!!!  Vou ouvir suas canções e relembrar sempre!!!

domingo, 1 de abril de 2012

EU VI GOETHE!

   Hoje vi Goethe!!!

   Já pensou nisso e como seria surpreendente! O poeta que pensou em matar-se pelo seu grande amor perdido, estar bem na sua frente... Mas a realidade foi só em filme mesmo, mas muito interessante através da história que o próprio escreveu em "O Sofrimento do Jovem Werther".

   Lá ele relata em toda a sua intensidade um amor que ele descobre estar perdido, após a moça aceitar a corte de outro homem que poderia salvar a família (muito extensa e pobre) da miséria. Lança-se a um duelo com este e vai acabar na prisão porque tal fato era ilegal. Escreve vorazmente enquanto enclausurado, contando suas angústias com a intensidade própria dos grandes amantes.

   Johann Wolfgang Goethe era um estudante de Direito, mas que gostava mesmo era de poesia. Após ter terminado de escrever na prisão, enviou à sua amada o original, esta pressentiu que ele cometeria suicídio, tal qual seu amigo (dele) tinha feito tempos antes por amor. Ela vai atrás dele e tira as esperanças do rapaz no sentido concreto, mas não no imaginário, dizendo que sempre seriam amantes nos sonhos.

   O pai busca-o, desiludido de torná-lo um grande advogado. Ao chegarem em Frankfurt eles se deparam com uma grande confusão e descobrem que o motivo era para conseguir a compra de um livro. E tal é a sua surpresa ao ver que o romance era o seu, que a amada entregou a editores que viram nele um grande sucesso de venda.

   Estava aberta a chama para as futuras produções deste escritor alemão que no século XVIII deixou a marca da sua escrita romântica, a tal ponto que parece ter influenciado a muitos jovens com amores não correspondidos ao suicídio.  O filme alemão, GOETHE, de 2010, vale ser visto pela poesia inerente. Delicioso de ver e imaginar aquele jovem vivendo a paixão do mundo e dando início à prosa da era moderna (nasceu em 1749 e morreu em 1832)!!!