quarta-feira, 25 de abril de 2012

PAUSAS

 
   Ando meio preguiçosa neste mês de abril, heim! Mas é que fiquei sem Internet no fim de semana e além disso, estou ralando como mãe que precisa, ainda, acompanhar os estudos dos filhos. 

   Quem diria que eu aos quase sessenta ainda ando nesta labuta... Vai casar velha e ter filhos velha e verá! Tais obrigações não se repassam... Uns filhos são mais autônomos, outros precisam da força amiga que acompanha a exigência de mãe. É o meu caso, no momento. Esperando que a força do tempo crie o amadurecimento necessário.

   Tenho poucas novidades com relação a filmes interessantes, por causa da tal falta de tempo no momento... Tive que dar uma pausa na minha lua de mel com a aposentadoria... Ossos do ofício.

   Mas finalmente estou lendo Grande Sertão Veredas, de João Guimarães Rosa. Comprei o livro nos anos oitenta e tinha tentado ler por diversas vezes, não estava pronta. Agora que estou mais envolvida com a Literatura, estou redescobrindo o linguajar criado por ele. 

   Tenho me surpreendido com umas descobertas interessantes, quando ele conta dos buritizeiros existentes nas terras que enveredavam... e até o Jalapão já era mencionado lá ("Por aí, extremando, se chegava ao Jalapão _ quem conhece aquilo? _ tabuleiro chapadoso, proporema..."). Saber que andei por lá... Bom, no tempo em que ele conta, lá era um fim de mundo e conhecido apenas pelos desbravadores, entre eles, os jagunços.

   Tem uma frase que gostei muito e até já a tinha anotado: "Toda saudade é uma espécie de velhice", descrita numa fala do Riobaldo, o personagem principal da obra. Agora que estou na fase, eu sinto que é muito verdadeiro o tal dito. Volta e meia eu ando retornando ao passado, à infância (nos poemas, nos textos etc), com as significativas rememorações... Que parecem ser comuns na nossa idade. Ah! Eu acho tão bom tais lembranças...

   Deixa eu cair na realidade que a obrigação me chama... Até depois!   

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