terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

TÍPICA IDADE A VELHICE!

   Penúltimo dia do mês, tinha que ter desconfiômetro e arranjar jeito de retornar à escrita. Quanto tempo sem postar, mas tem explicação, sempre se encontra uma:

   No final de Janeiro dei uma fugida para outro itinerário e o que menos interessava era arranjar tempo para sentar e deixar fluir a inspiração para escrever.

   E não tive, de forma alguma, tempo. As paisagens, as que me consumiram,  assumiram a tonalidade da natureza e a ostentação era tão magnífica, tipo assim uma das sete maravilhas do mundo, como a Table Mountain na África do Sul. O deslumbramento do olhar, a caminhada extenuante, a observação geológica das rochas e lugar, as fantásticas espécies de flores selvagens embelezando o árido horizonte, que vez ou outra, se umidificava pela passagem de nuvens, o que fazia gelar, sentir o frio na pele de um inverno inexistente em pleno verão. É deveras parte do fugidio desaparecimento. Completado por ficar sem entender patavina (exagero, claro) do que era dito e o ouvido ter mil e uma utilidades para compreender a mudança de eixo. 

   Deixando de lado as insinuações, a questão que paira, após a fugida de itinerário, é que no retorno, a inspiração e o ânimo andaram meio desaparecidos. Tentei descobrir o porquê, e confesso... a idade pesando. Após ter pique para as descobertas que deslumbram e não aceitar sentar nem para pensar... isso acaba, uma hora as férias acabam e o cotidiano volta reivindicativo. O que aconteceu.

   Depois de colocar ordem na bagunça, o cansaço do corpo foi me tomando, tomando, tomando, e acabei com a típica virose, nossa conhecida de verão. Sensação de enjoo, mal estar gástrico e intestinal me obrigaram a ir pra cama. E, o que antes, não aparentava interferir nos arranjos, pois a idade condizia com o esquema, hoje, uma extrapolação qualquer deixa sequelas.

   Acabo que fico rindo, já que não tem jeito. Os excessos são cobrados com a queda da imunidade característica do envelhecimento. Mas qual nada, após restabelecimento, aqui estou com o pique esquentando e formatando outras peripécias.

   Já pensou se quando a gente envelhecesse, ficasse reclamando de forças passadas, vivendo no faz de conta da infância, da juventude e até da fase adulta. Não, na velhice, a gente levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima... porque aventuras... ah! essas não esperam a gente ajeitar as ancas não. Tem que ir com tudo e o espírito solto, como o mar em sua imensidão, que bem diz Kalil Gibran, o mar por si só é paz e liberdade.

   Paz e liberdade para descobrir os terrenos que se abrem a cada passo... enquanto se tem tempo a novidades! A expectativa além do entardecer!