quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A BUSCA DE INSPIRAÇÃO!

   

   Não sei o que há comigo, pois não ando conseguindo ficar muito assídua com as postagens. Quer dizer, no fundo eu sei... Excesso de coisas por fazer e tempo escasso. Mania de imaginar-se capaz de dar conta de mil coisas! 

   O que dança é a inspiração que precisa do fluir-se. Como inspirar-se sem a devida checada de atenção, o olhar solto, sem tensão e angústia, o envolvimento ipsis literis na escrita?

   Por mais que esteja sobrecarregada ainda acho bem interessante porque como alguém pode dizer que aposentada (o) não tem nada para fazer? Só rindo mesmo! Acredite o tempo para quem não deixa de ter atividades é pequeno.

   Falando em escrita, assisti o filme AS PALAVRAS, de 2012, com o ator Bradley Cooper. Nossa o filme é delicioso, pois trata da questão da  palavra, da linguagem, da habilidade de um escritor de colocar em um livro toda a sensibilidade de sua vivência. 

   A história é deveras interessante, um autor sem inspiração para a escrita resolve apossar-se de original que encontra casualmente. Com isso alcança fama, sucesso e dinheiro, mas não contava que o verdadeiro escritor apareceria cobrando-lhe respeito por sua história. 

   A fala do legítimo escritor concluindo que as palavras foram capazes de tomá-lo a tal ponto, que se esqueceu do mais importante, a mulher amada, que o deixa e segue sua vida. Mostra a que ponto um autor se concentra em seu trabalho que tudo em volta perde importância; apenas ele e a palavra fazem a cena.

   Será que existia o escritor ou também era parte da ficção??? Só assistindo.  

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

ESCOLHAS DECIDINDO VIDAS

  

    Estou aqui na frente da TV vendo o filme Bem Vindo à Vida, um drama de 2012, do diretor Alex Kurtzman,, com a Michelle Pfeiffer no elenco (agora no papel de mãe). Da primeira vez peguei o filme a partir da metade e gostei tanto que pus pra gravar quando fosse passar de novo.

   E aqui estou. Já assisti até onde tinha perdido, mas com uma preguiça de sair do lugar para ir dormir. Sabe quando você não quer nem levantar do lugar onde está? Fica ali acomodado na poltrona esperando... o que? Também não sei responder!!!

   Sigo assistindo enquanto preparo esta postagem. O filme é emotivo, do jeito que gosto. Uma história que vai quase até o final com elementos de tristeza pela escolha feita no passado pelo pai da moça, que largou a família quando ela ainda era uma criança e nunca mais apareceu.

   Após morte o pai deixa pedido em bilhete onde incube o filho de procurar a irmã e o neto (que ele inicialmente não tem noção de quem são) para lhes ajudarem com herança em dinheiro, pois vivem com dificuldade.

   O pai se separou da filha por exigência da atual esposa, que o fez escolher. O triste é que a escolha maltratou os corações dos envolvidos. Sequelas nos relacionamentos que não têm jeito de ser mudados. Consequências dolorosas pela falta do afeto da pessoa significativa na vida dos dois filhos: a irmã e o irmão.

   Ao pedir ao filho para encontrar a irmã o pai tenta resgatar o erro cometido. Recebe da mãe uma fita que o pai lhe deixou. A fita mostra que de um jeito ou de outro ele esteve perto dela através do filho, quando brincavam no parque. Ao mostrar para a irmã a fita, depois da confusão, o filme encerra iluminado, com a esperança que laços sejam feitos com o calor do afeto.

   Quando escolhas envolvem um outro torna-se complexa a decisão. Há que se pensar as consequências, pois não existe volta e só o tempo será conhecedor da história. Bastante instrutivo e rica a história do Bem Vindo à Vida.

   O filme já acabou a tempos e eu ainda digitando! Agora tá na minha hora. Já é outro dia... Eis a segunda me espiando. Aaaaté!  

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

QUINTA PRIMAVERIL

   

   A quinta feira está ótima. Um friozinho gostoso, ameno, o ar puro pela chuvinha que cai. Afinal estamos na primavera e as plantas precisam estar prontas para o fenômeno estupendo do florescer. Já se olha a cidade (até a minha casa) o desabrochar de flores de todas as espécies. Linda! A primavera me fascina! A meteorologia anunciou um temporal, ainda não chegou. Quando o tempo está assim prefiro o aconchego e realmente tenho preguiça de colocar a cara fora de casa. Mal de velha?

   Revi o filme O Artista hoje. Prestei tanta atenção à beleza e trejeitos do ator Jean Dujardin porque realmente vale a pena a caracterização do personagem. Consegue, sem emitir qualquer som, levar a gente a uma avalanche de sentimentos.

   Desta vez prestei mais atenção às emoções e como estão estampadas. Aquele homem apesar de seu apego ao status quo, é de uma sensibilidade ao belo e quando está no auge, está aberto às novidades ao seu redor, como se vê com relação a Peppy Miller (Berenice Béjo). Seduzido pelo encanto e leveza da personagem, consegue desprendimento para orientá-la na carreira. Mas resiste à mudança quando o assunto é o diálogo.

   A estratégia da mudez que avassala e domina o personagem que evita perceber a necessidade de transformação é muio expressiva para se trabalhar até aspectos da pessoa que não dá conta de lidar com o que ouve e adota a postura de calar. Não dá conta de expressar-se, foge . O nó na garganta é o sintoma da angústia pelo novo, pela falta de coragem no arriscar, o medo pelo desejo de experimentar o diferente. Tantas leituras!

   Eu me entusiasmei mais a partir deste novo olhar. Mostra o homem que resiste, mas também o que dá chance à experimentação, largando o velho orgulho (que sempre é bobo e infantil) e adota uma postura reinventada a partir da dor. Adorei!

   Tive até que reler uma postagem que eu tinha feito sobre o mesmo tema em 03/03/2012, PRETO E BRANCO, onde procurei destrinchar o meu ponto de vista sobre o filme e comprovo: como o olhar muda o foco de tempos em tempos. Como muitos fatos, situações, modo de enxergar interferem em inovadoras modificações no ponto de vista. O que vem a ser a verdade dita num espaço de tempo X e outro mais adiante Y? Como podemos dizer taxativamente que uma pessoa sempre será de determinado jeito?

   Difícil responder tais questões, não é? É o tema do filme, a questão da mudança e de como atuamos com a resistência para permanecer se não no passado, mas no que nos dá segurança, apego. Como é lidar com a influência do novo que chega desbancando tudo e todos do lugar confortável. Nós que envelhecemos sabemos o que significa: a gente passa na rua, olha os jovens, chega na empresa em que trabalha, uma nova geração que se inicia, a transformação não perde tempo com chamegos - tem o seu tempo e ocupa espaço. 

   A vida morre e renasce como as estações... Transformação!!!   

domingo, 13 de outubro de 2013

ENCONTRO COM ELVIS E AMIGOS!

   

   Tive um programa incrível na quinta: fui ver Elvis Presley. Ele estava vestido a caráter, com a voz estonteantemente maravilhosa. O cover do grande astro, Guily Castro, no show Tributo a Elvis Presley, no Maria das Tranças foi demais. Além dele cantar as canções inesquecíveis do Elvis, ia entremeando contando a trajetória apaixonante do astro pela musicalidade, as suas dores e angústias e assim, a gente ia mais e mais conhecendo o universo particular da figura que mesmo não estando aqui há 36 anos, ainda continua conhecido e amado por todos.

   Foi uma ótima opção de entretenimento, além do que, assim que entrei no restaurante dei de cara com muitos amigos do trabalho, que não via a tempos. Colocamos a conversa em dia ao som nostálgico de velhos tempos, tanto da época áurea quanto dos bons tempos de trabalho.

   Todos nós envelhecidos com o passar dos anos, mas não esmorecidos. Continuando a buscar novas atrações que tornem a vida interessante. Creia, o show não deixa nada a desejar no ritmo da descontração e da autêntica fascinação do cantor por seu ídolo. Ainda terão shows em 21/11 e 12/12 no Maria das Tranças da rua Professor Moraes. Se você é um apaixonado por Elvis, não perca... A gente volta no túnel do tempo durante mais de duas horas.

   Falando em encontros tive boas horas de alegria num chá com bolo alemão com uma querida amiga, onde as horas voaram no bate papo entremeado de bons risos. É muito gostoso fazer coisas diferentes. Não consigo imaginar uma vida sem aventura, mesmo que singela.

   Portanto a semana que tinha sido cansada finalizou-se leve e  descontraída com os bons tempos do riso dando sua graça.

domingo, 6 de outubro de 2013

O DELICADO SUPLANTA TUDO!

    

Sexta à noite aproveitei enquanto fazia o lanche da noite e emendei assistindo ao filme A Delicadeza do Amor, de 2011, com a atriz Audrey Tautou, francês, direção de David Foenkinos. Durante as sequências do filme eu me sentia mais e mais surpreendida com a delicadeza (também do diretor) em retratar a conquista. Realmente eu não acreditava no que eu estava vendo - em pleno século XXI tal mostra de como vai se dando os ritmos do enamoramento até chegar às vias de fato - o amor; já que parece as pessoas têm se esquecido deste lado interessante do envolver-se. Ir no lance como em câmara lenta, sem ameaçar, apenas respeitando o momento do outro.

 E assim, devagar e também pura coincidência pela situação estressante que passa a personagem de Audrey (acabado de perder o marido com quem tinha uma relação de casamento ainda recente e apaixonada), ela tasca o maior beijo em um funcionário, colega do grupo de trabalho, deixando-o embasbacado no meio da sala sem entender bulufas que acontecia. Tal momento, faz o personagem sentir-se o homem mais desejado da face da terra, com jeito tímido, introspectivo, inseguro, de repente via-se o Don Juan da praça no trajeto a casa. 

   Foi muito legal esta cena mostrando o quanto a mente da pessoa fantasia quando a autoimagem e autoestima estão num nível pra lá de ok! Poderosa se torna, mesmo a mais patética. Claro, não era o caso do rapaz, Markus, tinha realmente o perfil tímido, nem com beleza padrão, mas detinha um cavalheirismo que estamos longe de encontrar atualmente.

   E na sua insegurança e ao mesmo tempo desejo que viu aflorado, apaixona-se por aquela mulher que lhe trouxe firmeza e aceitou-o como era. Vai construindo etapas da conquista com toda a leveza romântica, acertando os passos com cautela, procurando não ferir a moça fragilizada pelo destino. Tem tempo e não tem pressa nesta construção. 

   Diferentemente do que se vê hoje em dia, a afoiteza transpõe o carro na frente dos bois e mal se conhecem, as pessoas já estão dormindo juntas. Posso parecer careta, mas não acredito que as pessoas tenham desistido do romantismo no relacionamento, da pureza dos toques sem segundas ou milhões de intenções (mesmo que as tenha), do prazer de transpor barreiras na medida tentando adivinhar o jogo. Não estou a falar de relações calcadas apenas no apelo sexual, nos cinquenta tons de cinza (que deteriora o relacionamento ao nível de neuroses e perversões), falo de aspectos que estão a padecer da presença - relações de amor e a conquista saudável.

   Será que estou morando em Marte???    

terça-feira, 1 de outubro de 2013

NOSSA SENHORA DAS DORES NOS PROTEJA!


Escultura Rogério Joannes
 Último dia de setembro já está indo. Vocês se lembram do que eu já disse: quando chegar outubro, acabou o ano! Daí para a frente é voo rápido, por isso dê uma pausa e planeje com cuidado os próximos passos.

   Apesar de que hoje, depois do vídeo que vi, do escritor dinamarquês Knud Romer  denunciando a forma como o ser humano tem sido tratado no seu país, em particular o pai, tem-se a certeza ( e isso se constata aqui no Brasil) que o neoliberalismo mata qualquer tipo de solidariedade, esse mal ocidental imposto a nós e que todos temos que lutar contra. Veja e analise por si mesmo (a): www.youtube.com/watch?v=S09zpRXm1U8 

   Eu não consegui trazê-lo para a postagem, mas está disponível na rede. A entrevista choca pela constatação de que a solidariedade está morrendo, está no CTI e a verdade passa a nos chocar cada vez mais pelo utilitarismo que a vida e a morte vêm tomando.

   Ainda hoje também vi no blog do Pedro Porfírio uma reflexão dele sobre o envelhecimento e de como o sistema cada vez mais corre à busca de cortes de direitos dos aposentados, dos velhos, dos idosos, porque se vive mais. Não se pode mais envelhecer e ter a certeza de que se terá uma política social ética para os velhos, idosos, terceira idade, o que quiserem chamar. O alerta está gritando em nossos ouvidos, olhos, bocas, narizes, sangue... por onde quer que passe a dignidade humana. O que será de nós velhos brasileiros??? 

   Enquanto ainda se tem pique, é tudo mil maravilhas, mas vai chegar a hora em que a energia se esvairá, faltará força para os passos. Vamos exigir políticas públicas verdadeiras para este grupo que um dia não mais terá voz e que se você estiver vivo (a), será você amanhã!

   A solidariedade precisa ser resgatada para que a existência do homem e da mulher não tenha sido em vão... mas como tenho mania de dizer... pelo andar da carruagem...

   Que Nossa Senhora das Dores nos proteja!