TRADUÇÃO
NONSENSE
27/08/2019
No trópico Lisarbriente havia um rei, o Sapo Leste, um rei todo bebê que todos os
dias e durante todo o dia não tinha trabalho para fazer e todos os dias e
durante todo o dia, por achar que não tinha trabalho gastava o dia livre nas
lives. Ele não tinha trabalho para fazer porque não ouvia ninguém e nas quintas-feiras
e os dias todos ele dizia ouve houve ouvi por ouvir que mesmo eu nada fazendo
tenho fãs, é triste, é triste, eu em almofada macia ouvindo as estrelas e o mar
e não entendendo nada. Via duas estrelas quatro estrelas mais duas e nada. Ele
dizia que parava almofadas no ar e ouvia stars e não importava o que elas dissessem
sobre história, e não importava o que dissessem sobre a História e não importava
qual história, ele nunca se importava com o que é uma grande mudança e não
se importava em nunca se importar mesmo, pois a nação ouvia o que ele dizia e
até ria. Apesar de que muitas estrelas ainda tivessem horas para completar
o nome tempestade e demorasse para ser concluído, sabia-se que a sua
história tinha falha, estava por fora de história e nem assim o povo se cansava
de ouvir o que ele nunca se cansava de dizer todos os dias e durante todo o dia.
É triste que eles não ouvissem e nem quisessem ouvir, por isso mesmo ele
armazenava o que queria n’A história que ele contava, muitas vezes sentado em
almofada, e armazenava robôs, certo de que nada importava, importava o seu
palácio e a sua família. Contava histórias em vários bate-papos abertos sobre
ele, em casa, histórias que eram as escadas para o mundo. Nunca se cansava e agora ainda armazenava cocô.
Que Sapo Leste é esse que, de tanto trabalho para fazer, acha que não tem trabalho? Pensa ele que tudo se resume em falar, falar? O pior é que, quanto mais fala, mais se enrola (embora pense que está enrolando, passando por papagaio, quando não deixa de ser sapo). A hora vai vir em que tudo arrebenta: o sapo e seu papo, os 1, 2 e 3 e mais os robôs.
ResponderExcluirBelíssima alegoria, Marc Gogh.