segunda-feira, 25 de agosto de 2014

SOLTE O LADO CRIANÇA E VIVA!

   

   Hoje eu li um texto da escritora Martha Medeiros intitulado Feliz Aniversário, no Diário Catarinense, pág 18, Donna. Me chamou a atenção quando ela menciona que a gente vai se desfazendo de coisas pelo caminho.

   O texto me trouxe à reflexão sobre esta questão em específico. De como, com a idade, a gente vai deixando de dar importância a determinadas coisas; ou pelo andar da carruagem vamos sendo tragados e a realidade vai se transformando a revelia dos nossos desejos.

   No dia a dia coisas que antes eram importantes com o passar do tempo deixam de pertencer as prioridades. E se vai desfazendo delas, com amadurecimento pessoal ou não, com facilidade ou com dificuldade, o espaço vai se abrindo para que novas experiências surjam.

   Eu falo "coisas" mas também nos desfazemos de... sentimentos, emoções, dores, sorrisos, olhares. 

  Eu me lembrei da música A Noite do Meu Bem que era cantada pela Dolores Duran nos anos 50/60:


"Hoje eu quero a rosa 
mais linda que houver

Quero a primeira estrela que vier
para enfeitar a noite do meu bem

Hoje eu quero a paz de
criança dormindo

Quero o abandono de flores
se abrindo

Para enfeitar a noite
do meu bem

Quero a alegria de um
barco voltando

Quero ternura de mãos
se encontrando

Para enfeitar a noite
do meu bem

Hoje eu quero o amor,
o amor mais profundo

Eu quero toda beleza do
mundo

Para enfeitar a noite
do meu bem

Mas como esse bem 
demorou a chegar

Eu já nem sei se terei
no olhar

Toda ternura que eu quero
lhe dar"

  A música me fez associar que com o envelhecimento a gente se desfaz de algo muito importante: que é a criança que precisa continuar existindo em nós para que atinjamos com leveza a sabedoria de que coisas vão se desfazendo pelo caminho...

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