quinta-feira, 1 de junho de 2017

MAIO EXPIRANDO DITOSO

   Ando ensaiando postar e a confusão em administrar o tempo abateu-se depois de aposentada. Apenas os que vivenciam  a situação vão atestar a idoneidade da frase. Os dias correm, rolam um a um, ao olhar incrédulo, de quem deseja mais tempo.

   Ele não se individualiza para mim. É único e cronometrado igualmente entre mortais. Como não aceito, rebelde se atreve a provar que não posso dormir mais que o necessário e ainda querer organização da agenda. Queria adivinhação dos astros, sol, lua, estrelas. Ou quem sabe, tomar o horóscopo e descortinar à frente prognósticos favoráveis.

   Como nem em vaga suposição conseguirei escalar o arranha céu, como homem-aranha, resigno-me a vã aparência de simples mortal. Mulher, com afazeres de super herói, sem merecer título.

   Quanta ladainha, digna de Folhinha Mariana.

   Maio, mês quíntuplo, foi-se. A noite descortina junho. E por aqui, na Santa Catarina, não adianta rezar, porque a água cai sem parar, prometendo o que é de nosso conhecimento, a vinda do inverno, do frio, do congelante vento sul, norte, ... que sopra da Argentina até o Sul do Brasil e ganha outras regiões.

   Agora a chuvinha fina acalenta o cérebro sem parar, dedos chacoalham teclas e inundam texto de palavras que se quer ditosas. Assim seja!

   Como Adélia Prado, in A duração do dia,  ressoando em meus ouvidos:


" TENTAÇÃO EM MAIO

Maio  se extingue
e com tal luz
e de tal forma se extingue

...

rosa que se fecha sem fanar-se."

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