segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

VALER A PENA!

   

   
   Depois de uns dias meio atabalhoados, eis que retomo mais empolgada (já contei que às vezes a baixa imunidade toma conta de mim...), com mais energia. Confesso, relaxei no mês passado com a alimentação e sinto o resultado no corpo. Eu já disse " o corpo fala"... é só escutá-lo, ele dá o alarme para quem sabe ouvi-lo; se não o sabemos, virão as consequências.

   Mas nada que uma boa aventura não se sobreponha. Uma nova aventura é sempre boa para manter a chama de transformação e mudança. Projetos de vida revigoram  o meu estar no mundo. O que mais me incomoda é rotina, mesmice, cotidiano sem novidades.

   Até achei legal uma frase de propaganda que vi ontem na TV (não lembro a fonte???), "Uma pessoa com muitos interesses, torna-se uma pessoa interessante." Não está ipsis literis o que eu ouvi, mas é isso na essência. Adorei a frase e realmente acredito. É muito triste quando vemos pessoas com pobreza de interesses, que não acompanham as novidades, as mudanças ao seu redor, não buscam novos interesses. Muitos  ficam só no repertório que costumo chamar de "papo de aranha", difícil de suportar por grande período de tempo.

   Nada como conversar com pessoas que olham a vida com o olhar do novo a cada dia, amam a arte e a cultura, e até mesmo a cansativa política nossa de cada dia! Faz uma diferença quando a gente se envolve pela vida que bate à nossa volta. Uma vivacidade que transmuta qualquer ânimo. 

   Creio que entendi o "carpe diem" do momento que estou - aposentada, por escolha e opção, mas não acomodada, continuando a exercer o papel de cidadã em trabalhos voluntários como psicóloga. Vou contar o que aconteceu há muitos anos. Fiz meu obituário nos anos 90 (lá eu disse que morri com 90 anos... hoje sei que isso é impossível), durante um curso de Projeto de Vida e lá coloquei que quando aposentasse desenvolveria trabalhos para a comunidade. 

   E hoje analiso que estes trabalhos são os que dignificam minha profissão. Eu vejo como é dura a vida das pessoas que dependem exclusivamente da saúde pública (por mais que veja técnicos se esforçando para dar o melhor de si), de como a pobreza e falta de educação contribuíram para histórias de vida tão sofridas. Pessoas desamparadas. E como o poder da escuta é capaz de transformar pessoas angustiadas  que se descobrem enquanto existência, buscando forças e desejo de ser melhor, dentro de suas possibilidades. É compensador! 

   Aí, as histórias se tornam ricas, mas de detalhes que visam o crescimento de si mesmo, o autoconhecimento, onde o aprendizado do gostar de si, o investimento em si faz descobrir o verdadeiro sujeito que ali está escondido, esperando uma oportunidade para surgir em sua inteireza. É magnífico! Isso vale a pena!

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