quarta-feira, 9 de abril de 2014

DELICIOSA NOITE!

   

   Meu dia foi estupendo. Depois de ter ralado atrás de cartórios na arrumação de pendengas da vida civilizada - a longa caminhada entre um e outro foi salutar para o bem estar físico - apesar do cansaço. Esse movimento do corpo, o sacolejar as cadeiras que teimam enrijecer, uma musculatura que entra em atividade, nossa, isso faz qualquer hormônio entrar em produção e a saúde dá as caras.

   Aí na aula de literatura discutindo e trabalhando temas do Modernismo (e seus diversos movimentos: dadaísmo, surrealismo, cubismo, concretismo... esses muitos ismos) a divertida metodologia de nosso professor somou detalhes e interesses a mais.

   Depois de um bom café entre amigos, fomos assistir ao filme do Igmar Bergmam, O Ovo da Serpente, que retrata a época do nazismo. Em seguida saímos correndo para não perder a noite que se prenunciava cheia de novidades.

   Assistimos o poeta Ferreira Gullar em sua expressividade durante bom par de horas. Nada ficou a desejar nesta noite. Ele ali contando de sua história e dos encadeamentos dos poemas que foram surgindo de acordo com o acontecido da hora. Revela que nunca planejou, cogitou ser diferenciado - a única coisa que sempre desejou ardentemente era escrever e viver poesia. Porque segundo ele, a poesia é o inventar a vida. E é isso que somos, seres diferenciados e especiais, por todos os dias inventarmos a vida ao nosso derredor.

   Da sua fala, sempre generosa, mas firme e corajosa, que marcou presença num simbolismo extremamente  voltado à humanidade - "eu não quero estar certo, eu quero é ser feliz".

   Ao responder uma pergunta da plateia sobre o porque do Poema Sujo ter esse nome já que é um poema tão bonito. Ele explicou com tranquilidade que no poema tem a poesia do bom e do sujo. A proposta foi ao expor a sujeira, conseguir a limpeza do  poema. 

   E pra finalizar ainda consegui o seu autógrafo. A noite foi deliciosamente curtida!

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