segunda-feira, 13 de outubro de 2014

TER UM TRABALHO E SENTIR PRAZER NAS COISAS QUE FAZ

   
A Sesta - Van Gogh

   Como prometi fazer um resumo da palestra do psicólogo cognitivo Paul Bloom, que participou do Fronteiras do Pensamento, em 27 de agosto de 2014, aqui em Florianópolis, com o tema do seu livro de mesmo nome: O que nos faz bons ou maus, BestSeller, 2014, devo fazê-lo logo, antes que a palestra se vá desaparecendo do meu referencial cerebral.

   O psicólogo trabalha com a Psicologia do Desenvolvimento e faz pesquisas com crianças com o objetivo de descobrir se a criança reconhece o que é bom ou mau, se é correto afirmar que este aprendizado é aprendido a partir da convivência e educação. Como sempre as pessoas dizem que as crianças são más quando pequenas, quis comprovar tal assertiva do senso comum.

   Concluiu após muitas experiências que as crianças têm introjetado a questão do que é bom e do que é mau desde sempre, quer dizer, é inato, mesmo antes de falar e andar, os bebês julgam a bondade e a maldade das ações dos outros, sentem empatia e compaixão, agem para acalmar os que estão angustiados e têm senso rudimentar de justiça, como se estivesse inscrito em seu código genético, e que, prefere o que é considerado bom. 

   Portanto, pode deduzir que uma pessoa, já que as experiências são com crianças, tem na moralidade o aspecto positivo, ao invés do negativo. E que através de sua vivência, pela capacidade de razão e reflexão, vai ampliando sua potencialidade, o que faz dos homens/mulheres mais do que apenas bebês, mas seres com capacidade de julgar a injustiça, transcendendo o sentido de moralidade.

   Foi muito interessante a sua argumentação já que tinha como comprovar, através de experiências, que as capacidades rudimentares de moralidade são inatas do ser humano, desvencilhando da noção errônea de que todas as crianças são más.

   Uma fala dele que gostei muito foi quando perguntado sobre o que julga ser felicidade. A resposta foi que o homem não precisa ser feliz. Que essa felicidade mistificada que tanto se procura não existe. Afirmou que o homem precisa somente de duas coisas na vida: ter um trabalho e sentir prazer nas coisas que faz. O resto, os problemas, ele vai dando conta de resolver durante o trajeto de vida se têm essas duas coisas fundamentais - Ter um trabalho e sentir prazer nas coisas que faz

   O último parágrafo valeu muito. E a questão da moralidade... as experiências continuam ...    

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