quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

SEGUINDO AS ESTAÇÕES DO TEMPO...

   

   Escafedi-me por bom tempo né... sabe o que é estar com a internet péssima e travando... a gente fica meio desanimada. Talvez a culpa nem seja da operadora, seja o meu equipamento pedindo help. Provável!

   Vamos lá, dias desses ouvi uma fala de uma produtora de artes, não sei se na TV Cultura ou Brasil: "O mundo muda sozinho, independe da arte para isso." Arte é transformação, atua na existência do indivíduo através da emoção, dos sentimentos, expressão do sujeito na sociedade em que se insere. Contribui para o expurgo de dores, anseios, fantasias e com isso torna o ambiente salutar.

   Mesmo sabendo que o mundo muda sozinho, muda para melhor com a contribuição da arte, inspira o humano em sua força desconhecida.

   Quando se lê biografias têm-se muito claro a expansão do sujeito dominado pelo estético em sua existência. Terminei de ler o livro de memórias de  Gerson Pessoa, "Antes que se percam nas brumas do tempo", do autor, 2014. Que delícia ir conhecendo a extensão do sujeito a partir de sua história e vendo o amadurecimento expressando-se,  seja em sofrimento, em questionamentos febris sobre a existência e o que fazer dela, a expansão da arte na vida, transformando e burilando. 

   Reverter a vida, considerada medíocre, em um ambiente de metas, objetivos, busca insaciável pelo melhor de si através da musicalidade, da voz, da fotografia, da escrita etc... ao mesmo tempo mostrando o quão se é exigente e rígido consigo mesmo nas cobranças pela perfeição.

   Entender que cada um vai viver o que tiver que viver, a partir de escolhas, redesenhar o destino a cada virar de página, de idade, de pensamento. Até conseguir se apaziguar em paz com o que se tornou, aceitar  a eterna insatisfação humana.

   Como o autor cita Pedro Nava (1903-1984), encerro com frase do poeta: "A vida é um romance sem enredo."

Nenhum comentário:

Postar um comentário