sexta-feira, 29 de maio de 2015
AMOR CANINO
"Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu"... eh, a frase do cantor Chico Buarque de Holanda também faz parte de momentos da vida. Bate aquela monotonia interior que riso algum esboça-se natural. Parece que o peso carregado é tão exacerbado que a energia existente parece ínfima. Pode acontecer dessa sensação aparecer sem motivo, noutras situações sabe-se codificar o que se trata.
Desde ontem a noite eis a minha tradução do estar no mundo. Certa estranheza das emoções sorridentes, olhar no espelho e de cara se encontrar com alguém que não se parece com você. É horrível! Depois de Glória me ter salvo, recebi a triste notícia que nossa cadelinha poodle deu seu último suspiro. Os dez anos de convivência com a família aliada ao astral tranquilo e dócil, trouxe a dor da perda. É isso mesmo.
E a tristeza se instalou na casa, os filhos, marido, todos com semblantes em luto. A estranha impressão de que está faltando algo. Nessas horas vem a mente não querer mais animal de estimação. É como se tivesse morrido uma pessoa da família, tamanho o vínculo instituído. É, ninguém quer sentir dor, e opta-se por soluções práticas. Mas não ter um animal de estimação é também triste.
Ser cachorro é dar carinho sem pedir nada em troca; é pular feliz às ordens do dono e estar presente em todos os cantos que o dono esteja. E além de tudo, trazer alegria no dia a dia da tão comum vida. Já é comprovado que o animal de estimação contribui para a saúde mental dos donos.
Por enquanto, por aqui, só bate tristeza.
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