terça-feira, 1 de agosto de 2017

VOLTAS QUE A VIDA DÁ!

   
   Como é bom voltar a casa. Floripa me aguardava em sua umidade deliciosa, apesar da pouca chuva para a estação. Incrível como o organismo se adapta rápido a mudanças. Não apenas a qualidade de vida, o mar, ah o mar que seduz, é principalmente, aceitar que o stress não faz parte da vida e conduzir com moderação o trajeto.

   Nada como olhar a vida por outro ângulo e a beleza natural contribui para que se sinta assim. Chegando e as viroses indo, que alívio. A gente se sente rejuvenescida, inda mais que o inverno colabora bem nos seus 19 graus em média.

   Entrando o segundo semestre, atividades físicas como rotina, investir na alimentação saudável das frutas e legumes, alegria no cotidiano e s'imbora que o tempo passa que nem flecha em disparada. Prestar atenção na vida. Na vida da gente.

   Fiquei entusiasmada. Como o poema do Mário Quintana que coloquei em postagem anterior. Acabou que encontrei um Quintana de bolso. Só que neste, o que chamou minha atenção vem em outra fase, olha só!


"O VELHO DO ESPELHO

Por acaso, surpreendo-me no espelho: quem é esse
Que me olha e é tão mais velho do que eu?
Porém, seu rosto... é cada vez menos estranho...
Meu Deus, meu Deus... Parece
Meu velho pai  - que já morreu!
Como pude ficarmos assim?
Nosso olhar - duro - interroga:
"O que fizeste de mim?!"
Eu, Pai?! Tu é que me invadiste,
Lentamente, ruga a ruga... Que importa? Eu sou, ainda,
Aquele mesmo menino teimoso de sempre
E os teus planos enfim lá se foram por terra.
Mas sei que vi, um dia - a longa, a inútil guerra! -
Vi sorrir, nesses cansados olhos, um orgulho triste..."

   Acabou que me revi ao espelho, repetindo, como estou parecida com minha mãe! 

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