segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
XÔ AGOURO!
Dias atrás dei para revisar as postagens. Me peguei relendo-as e analisando-as: como, por exemplo, insistentemente falo que estou cansada, muito cansada em várias delas, né! Até num poema que escrevi anteontem... levei um susto... lá está o tema. Tenho que largar essa palavra agourenta que insiste em escapulir. Credo!
Claro que o que sentimos está refletido na maioria das vezes na escrita, mas eu tô passando dos limites. Até me lembrei da Narcisa Tamborindeguy que na propaganda onde ela é um enfeite em cima de uma cômoda vermelha e assiste a vida diária de um casal ao se deitar, diz com todas as letras: "Mas que tédio! Que vidinha desanimada!" É vou parar de reclamar do cansaço e partir para a ação com mais pique.
E para piorar o estado naqueles dias ainda assisti a um filme que me colocou como num purgatório. O excelente filme Alfha Dog, do diretor Nick Cassavetes, de 2006, sendo o Bruce Willis um dos personagens. Ele é pai de um traficante muito jovem e por toda a história aparece de forma conivente, aceitando todo o esquema com uma característica que se vê comumente em personalidades sociopatas. Nenhum vínculo com o respeito, a moral, a ética. O filme mostra uma classe média e até alta, envolvida de tal maneira que nos dá arrepios pelo artificialismo que envolve os relacionamentos. Ainda mais sabendo-se ser o filme um caso verdade. Muito doloroso como pais assistir àquilo tudo e ver o despir de uma sociedade "estruturada" tão porcamente medíocre.
Sabe que associei esse filme ao Dog Ville, de Lars Von Trier. Traz no contexto toda a crueza e os reflexos de uma sociedade sem vínculos mais profundos e bastante interesseira. Tanto nesse filme como naquele, se vê o tempo todo, as uniões baseadas em interesses, sem nenhum tipo de escrúpulos, o domínio através do dinheiro, da violência, do crime... E a inocência sempre pagando caro.
Não tinha como não colocar a foto acima. O lodo carcomido que corrói fundo nossas sociedades está retratado e escancarado.
A dor daquela mãe eu nunca mais vou esquecer (a mãe verdadeira que dá o seu depoimento no final das cenas do filme). Tenho pena das muitas que sofrem por seus filhos enredados neste mundo cruel que vicia o jovem a tal ponto de distanciá-lo dos valores. É indizível!
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