terça-feira, 25 de março de 2014
EMPOLGAÇÃO VISUAL E SONORA
Estou aqui assistindo a TV cultura, entrevista deliciosamente conduzida e produzida pela beleza das palavras de Adélia Prado - nossa poeta mineira, sendo entrevistada no Roda Viva. Que delícia! Que palavras saltam de sua boca com tamanha tranquilidade e certeza de sua verdade.
E fiquei mais apaixonada, pois ela disse que é atleticana. Isso depois de fazer duras críticas a nossa política nos diversos âmbitos, municipal, estadual e federal; às questões da copa no Brasil, e diz sentir que não vê a civilidade dessa copa no coração dos brasileiros. Como a sua fala é representativa do que nós, o povo, pensa sobre a falta de lideranças hoje em dia em nossa terra, a falta de alguém que realmente sintetiza o desejo do povo, e da nossa vivência real - que vivemos em uma ditadura disfarçada em democracia. Corajosa e com disposição de encontrar quem possa fazer coro com suas palavras. Colocou que não vê as críticas da esquerda se rebelarem...
Bom, está difícil de seguir suas considerações e também estar tentando concatenar sua fala. Magnífico assistir, ouvir... Por isso vou deixar para lá a postagem e continuar a experiência de assisti-la. Depois conto mais...
Quanta humildade, meu Deus! Quanta firmeza e ética. Quanta esperança e desejo que seu povo seja respeitado pelos que os representam. Eis o que assistir à entrevista me trouxe de vivo, de ardência de desejo, de amor pelo outro, pelo belo (mesmo que seja triste! como ela mesmo o disse).
Traçou três significâncias que levará pela vida afora e que não têm jeito de eliminá-las: sexo, morte e Deus. Mas afirmou que não faz poesias porque é religiosa, mas que a religião está presente em seus poemas.
Afirmou que não concebe, mesmo na prosa a inexistência da poesia. Literatura é isso! É poesia e está imiscuída nas áreas da literatura. É o que torna belo a produção.
Contou sobre o período de 7 anos que não conseguiu escrever por se sentir no deserto. Só depois descobriu que estava doente, precisando de ajuda. Vivenciou o sofrimento e se sentiu como o personagem do seu livro O Homem da Mão Seca, de 1994.
É no cotidiano de vida simples que expõe para olhares e sentimentos a poesia que é viver... Ah! que dom tem a poesia de trazer o mais bonito numa pessoa...
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