sábado, 1 de outubro de 2016

A LA FRANCESA


   Assisti três filmes franceses mês atrás: Amor à altura, Chocolate, A viagem de meu pai, todos estrearam no Brasil em 2016, portanto tenho a plena certeza de que não poderei descrever tim-tim por tim-tim as cenas senão podem pedir meu pescoço. 

   Mas considero vale a pena assistir, o Amor à altura, que aparenta simplicidade, mas traz essência da discussão sobre o preconceito, a aparência ligada à altura. É bem complicado o que a cultura ao redor coloca na cabeça da sociedade e o ser baixinho pode trazer dificultadores a qualquer um (numa cultura que valoriza a estética de homens altos), mesmo que tremendamente interessante... (legal mesmo é imaginar como foram feitas as cenas, uma vez que o  ator principal Jean Dujardin têm mais de 1,80m... com minha leiguice fiquei super curiosa... além de me perguntar por quê não fizeram um filme realmente com alguém baixinho, seria bem convincente... vai saber).

   Chocolate é um filme que trouxe uma novidade, pois desconhecia a história verídica. É muito bom e o ator Omar Sy continua o preferido. Parece que o ator gosta de trabalhar em filmes que questionam e reflitam a questão do preconceito quanto à cor da pele. Em algum trecho do enredo sempre vem a questão e os finais são esperançosos, não em Chocolate, onde o primeiro palhaço negro francês sofreu horrores. O filme é muito triste e mostra como a ignorância abarca todas as classes.

   Nem precisa dizer que o envelhecimento é outro item exacerbado de preconceito. No filme A viagem de meu pai, o personagem principal tem 80 anos e atravessa situações inusitadas devido ao processo de esquecimento que vai tomando consequências sérias no decorrer do tempo. Gostei muito do estilão dele e a história com um enredo tão verídico que nos leva a pensar: e quando for a minha vez, o que farão os filhos? Na fita ele tem condição de um atendimento vip, mesmo assim já é difícil, imagina a vida real de muitos velho(a)s e pobres.

   Eu sou suspeita de dizer, adoro os filmes franceses, não entregam nada pronto, o enredo vai exigindo mais e mais do expectador e com isso, do meu ponto de vista, só tem a ganhar, em coerência e inteligência e sem aquela coisa do "tudo certinho".

   Aliás, assista, excelentes filmes e o conteúdo vasculha o fundo das nossas culturas OCAS.

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