Falando em Kalil Gibran, escritor que li na adolescência, o livro O Profeta, voltou a me criar expectativas. Em casa tinha o livro e peguei emprestado de minha mãe. Depois que ela se foi, o tal livro desapareceu.
Agora, quase quarenta anos depois tenho o livro em minhas mãos, mas resolvi ler no idioma inglês, forma de treino da habilidade. Acontece que a parte onde ele fala "...que o vasto mar, sozinho, é paz e liberdade para o rio e seu fluxo..." mais ou menos isso, me deixou impressionada.
Então, relembro que desde jovem anseio na procura do mar... sempre que possível férias aonde tem praia e para quê? fico deslumbrada contemplando a imensidão do mar. Descobri, então, que meu desejo vem ancorado na leitura feita na idade juvenil. E contempla o que muitos estudiosos da escrita falam, de que a pessoa está impregnada das leituras que faz, o que inclui dizer, que nada se cria, tudo se transforma.
Tenho que rir. Parece que encontrei quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha. Mas é muito genial chegar a conclusões que a gente pensava vir do ímpeto mais profundo de si mesmo sem interferência de ninguém. De repente, reconhecer-se impregnado de muitos outros, outros, outros, tantos que indefinidos.
Aliás, a coincidência, a necessidade de morar próximo a praia. De onde vem tal desejo?
A questão é, Kalil Gibran expressou, seus sábios pensamentos, o desejo de todo homem/mulher, de como a paisagem mar está representada no íntimo de cada um. Todos buscam paz e liberdade como objetivo do querer ser fundamental.
Olha eu viajando!
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