domingo, 1 de outubro de 2017

IMAGINAÇÃO NA VELHICE!


   Último dia de setembro. Eu digo, quando chega outubro... Todos já conhecem este lema de outras postagens. Mas até que finde o ano, vamos lá, viver o trimestre.

   Recordam quando eu disse que estava devagar com postagens por estar com novo projeto. Pois pensei que os seis meses seriam suficientes para executá-lo, mas não, apenas foi arrancada, início. Dependerá de mim aprofundar ou não, eis outro projeto a ser desenvolvido.

   Estudei inglês on line, via Curso Mairo Vergara (www.mairovergara.com), que descobri na rede. E resolvi testar. Afinal, quantas e quantas vezes estudei por anos e anos esse tal idioma e nada de largar o português na entonação. Tinha desistido de continuar tentando quando...

   Viajei para a África do Sul. A limitação na expressão das frases com a lembrança apenas de palavras necessárias à sobrevivência em país que adota o inglês, me fez ver que eu deveria, ao contrário, aprofundar conhecimentos.

   Literalmente, hibernei por seis meses, seguindo à risca, as orientações do professor, que considerei muito reais, pois na idade que tenho, posso atestar, todas as dicas são coerentes com minha vivência em relação à língua.

   Agora sim, mais liberada para outras atividades. Com a obrigação, apenas, de estudar, pelo menos uma hora todos os dias enquanto viver. Olha só que magnífico! Eu, depois dos sessenta, com meta a executar. Aliás, exigir do raciocínio faz bem, além de corroborar na extensão do vocabulário que expande não somente no inglês, se reflete também na aquisição de palavras em português. É o que está acontecendo.

   Adulto tem muita dificuldade de fazer um idioma, pois exige uma andragogia diferenciada.  O Mairo Vergara achou isso com o método. Posso afirmar. É que a gente, o adulto, gosta de saber o significado das palavras para conseguir caminhar. Nos métodos tradicionais isso é considerado ruim. Não se pode falar português e nem ter tradução. Mas no curso, a etapa em que isso é feito, considero ser o pulo do gato desse professor atrevido e empreendedor.

   Agora não mais nessa etapa, fico no "listening" sem a necessidade de tradução, uma vez que incorporei vocabulário suficiente para o treinamento do ouvido. 

      Estando liberada, tantas as novidades com leituras em agosto e setembro. Consegui encerrar: Acre de Lucrécia Zappi; a HQ, O Bulevar dos Sonhos Partidos, Kim Deitch; O crime de Sylvestre Bonnard, Anatole France; O Sobrinho de Wittgenstein, Thomas Bernhard; Respiração Artificial, Ricardo Piglia; Autobiografia de um Ex-Negro, James Wedon Johnson.

   Em andamento, Ivanhoé, Walter Scott; Viva o Povo Brasileiro, João Ubaldo Ribeiro; 1808, Laurentino Gomes; A Capital, Eça de Queirós; Ilusões Perdidas, Balzac; Vinte e Quatro Horas na Vida de Uma Mulher, Stefan Zweig; Contos Gauchescos, João Simões Lopes Neto.

   Fiquei louca, né! Pois é,  depois de enfronhar por seis meses exclusivamente no inglês, veio a ansiedade e, tirei o atraso. E que rica experiência. Lendo a era vitoriana, com Walter Scott - dica que o Anatole France deu através do personagem - disse não existir ninguém para contar melhor uma história, agregando fatos históricos. A era moderna, com Anatole, Bernhard, Wedon Johnson. Os contemporâneos... A visão literária clara em mente quanto às escolas e a escolha do narrador por cada um. Muito interessante para um "up grade" na escrita.

   Idade não é limite para sonhos. Enquanto viver projetos fazem parte da dinâmica. A próxima etapa - Intercâmbio, quem sabe. Não sei quando e nem se, mas é projeto. Isso me impulsiona imaginar!

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