Aqui estou eu fazendo um lanche e aproveitando para postar algo. Eu disse a mim mesma que faria pelo menos oito textos e não menos que os dos meses anteriores e hoje, finda maio e não cumpri a promessa.
Isto de estudar inglês e tocar violão toma um tempo danado da gente. Estou tendo que rebolar para dar conta do que me atrevi a ficar responsável... Está sendo uma correria. Ufa! E eu achando que a aposentadoria ia ser calma; que nada, está no pique, como eu gosto. Nada de morosidade, acomodação, desânimo, mas ritmo, frequência, sintonia... No novo e nas obrigações convencionais.
Não estou reclamando do violão, até já estou começando a tocar a minha primeira canção, de forma desengonçada, mas já está dando para sentir poesia em minha vida advinda da musicalidade.
Mas hoje me permiti um relax e eis que abro um caderno com algumas poesias e me deparo com uma linda, traduzida pelo poeta Thiago de Mello (in Presente de um poeta, 2003, pag.74), do poeta Pablo Neruda, falando do amor, o soneto:
"AMOR
Pablo Neruda
Não te quero a não ser porque te quero
e de te querer a não te querer chego
e de te esperar quando não te espero
passa meu coração do frio ao fogo.
Só te quero porque é a ti quem quero,
sem fim te odeio, e com ódio te peço,
e a medida do amor meu, viageiro,
é não te ver e amar-te como um cego.
Talvez consuma a luz de janeiro,
seu raio cruel, meu coração inteiro,
de mim roubando a chave do sossego.
Nessa história só eu morro
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero, amor, a sangue e fogo."
Como diz o grupo Teatro Mágico, "A POESIA PREVALECE", e é graças a ela que se vê o mundo com novos contornos, na busca do desejo de a vida ser mais e melhor do que o possível.
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