segunda-feira, 3 de agosto de 2015

SIMPLICIDADE É O LEMA

   

   Entramos em agosto com astral de verão por esse Brasilzão a fora. As temperaturas teimam continuar altas apesar do inverno. Dizem, é culpa do "El Niño", vi em uma reportagem que é o inverno mais quente em 56 anos. O que está por vir?

   É difícil começar esta postagem depois de ter lido o Pedro Porfírio, figura emblemática pra mim quanto a questão visão crítica da política. Ele, apesar de cansado, não pode se dar o direito da vida tranquila junto aos seus, o compromisso, em clarear as nossas mentes obcecadas pelas falsas ideias, normas, jargões, não cessam e é ainda mais premente no atual estágio. Esperamos não ter desgostos. Mas já se vê muita cilada pelo caminho. Cruzes!

   Me permito sair dessa encruzilhada e andar em corda bamba, com o pé  entre o senso da realidade e o dos delirantes. Continuar fingidora, a procura de uma inspiração que não torne a vida cotidiana tão áspera e pobre em poesia.

   Para isso os intervalos permitem a fuga momentânea desse brasão que ameaça ruir. Semana passada fui ao Show do Almir Sater, cantigas regionais transpassadas de poesia e o instrumental, a deliciosa viola a dar as pontadas no coração da gente. Quanta simplicidade no decorrer da apresentação, causos e conhecimento das terras do interior, do Pantanal e a noite voou sem a gente sentir. Música boa tem disso. Eu precisava.

   Também me arejou a mente, os olhos, ter assistido o filme Samba, de 2015. Não posso me atrever a descrever as cenas senão vão me matar já que ele ainda está em cartaz. Do mesmo diretor de Os intocáveis, utilizando o ator desse filme e a atriz de Ninfomaníaca, e durante as cenas vão aparecendo toques sutis como se estivéssemos em tais fitas. Engenhoso. Crítico com relação as questões de viver em outro país e não conseguir cidadania. A descoberta do amor, lindo, seja transvestido do que for. A escolha, ou a impossibilidade da escolha quando surge tal sentimento. Vale a pena assistir, despretensioso e simples, alcança o pódio. Delícia.

   Acaba que a simplicidade vem dando formas amenas ao meu envelhecimento, que, às vezes, nada tem de simples, né? Que o digam os, as que se encontram no estágio.  

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