segunda-feira, 14 de março de 2016

A TAL DA PATUSCADA

   
Olha eu aí, de costas, bermuda bege, aproveitando...

    Domingo à flor da pele... 

   Na verdade somos golpeados todos os dias, com o lenga-lenga de falsos políticos (senadores, deputados, ...) desde a nossa proclamação... corrupção sistêmica, diz bem claro o filme Tropa de Elite 1 e 2, e dificilmente, nós, pobres mortais teremos força a bancar o poder do capital, do econômico, de elites preocupadas em ter que dividir o bolo (e estão muito preocupadas). Somos apenas as formiguinhas, que caminham devagar "...com passos de formiga e sem vontade...", como bem o diz o cantor Lulu Santos. Veja bem, eu disse Lulu... (afinal ninguém quer nada de revolução) e...

   E não vale a pena falar de politicagem a altura do jogo... Vou mudar o disco, afinal o lance aqui é outro. 

   Que tal falar de "patuscada"... pois é, descobri a pouco o significado da palavra, após ter lido o conto do insuperável escritor brasileiro Machado de Assis, Pai contra mãe, conto antigo dos anos 1900. E lá está ostentosa a palavra. Como assim, pensei eu, Patuscada que conheço é o restaurante localizado lá na Bernardo Monteiro com Afonso Pena, em Beagá, por sinal com deliciosas iguarias. E sempre que o bolso dava condições gostava de ir. Nunca imaginei, ou sequer fiquei tentada a buscar o significado, até ler o tal conto do nosso aclamado Machado.

   E saber que também tenho umas asinhas para a tal patuscada e qual brasileiro não tem, me diga, povo alegre, que ama o encontro, que tudo é motivo de ... Com certeza Reich deve estar revirando no túmulo ao me ver confessando tal heresia. Ele que no livro Escuta Zé Ninguém expôs de forma veemente o papel do filósofo, do homem intelectual na vida social, no sentido de lutar por nós, pobres "Zés" ninguém. Desculpa Reich, desculpa de verdade. Ficou sem entender?

   Explico: no livro o autor conversa com o simples homem do povo falando porque ele não participa de "patuscadas (grifo meu)". O livro é uma obra belíssima que coroa a reflexão e o pensar político, filosófico, social. Pra mim serviu como uma bíblia no sentido de questionar o lugar no mundo, o papel necessário a todo cidadão - deixar de ser alienado. Está disponível na rede, vale a pena conferir, um clássico.

   Nada de coxinha, por favor! Nem aceito patuscada com o meu voto!   
   

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