É que lembrei daquela canção do compositor Raul, A Noite do Meu Bem, lindamente cantada pela Dolores Duran:
"Hoje eu quero a rosa
mais linda que houver
...
Eu quero toda beleza do
mundo para enfeitar a
noite do meu bem
Ah, mas como esse bem
demorou a chegar
Eu já nem sei se terei
no olhar
toda ternura que eu quero
lhe dar."
Associei a canção à frase inicial. Se o amor demorar a chegar, pode ser que a gente nem sabe se terá o brilho do olhar.
Como diz meu professor de Literatura, tenho a mania de ficar explicando demais, o que é um defeito na escrita. Como sou leiga me permito o deslize. Mas vamos lá, meu olhar está brilhando, estou encantada com os livros do Wander Piroli e do Hemingway, segundo meu professor, ótimos em diálogos. Vou lendo e prestando atenção na elaboração.
Do Hemingway eu só tinha lido O Velho e o Mar. Agora vou ler As neves do Kilimanjaro (contos), Ter ou Não Ter, O Sol Também se Levanta e Adeus às Armas.
Já o Wander Piroli, apesar de conhecê-lo como escritor da minha terra, não tinha lido ainda. Uma escrita infanto-juvenil, para jovens e velhos de todas as idades: Três menos um é igual a sete, O matador, Os rios morrem de sede, O menino e o pinto do menino. São livros com histórias simples que de súbito ganham conteúdo poético pela expressividade do escritor. Lindos. Lição de vida.
Admito, olhinhos é demais. Os olhos brilham a cada virada de página.
Nenhum comentário:
Postar um comentário