O
“NÓ” DA RELAÇÃO
20/06/2017
Amavam-se
de paixão, dessa que não fica velha, mesmo convivendo muitos anos.
Acontece de revelar o segredo:
―
Fulano quis ir para cama comigo.
―
Quando foi isso?
―
Faz tempo.
―
Por quê me contou?
―
Você me provocou.
―
Não entendi?
―
Ficou jogando
indireta de casos antigos.
A
partir de
então:
Ele
“Se recebeu cantada é porque seduziu e colaborou a tal
situação. Mulheres são todas iguais. Aposto que gostou e ainda tem
coisa em mente. Vou descobrir detalhes. Não fica assim.”
Ela
“Quer dizer que ele tem casos antigos. Acha que
só ele tem admiradoras?
Quer
guerra, terá guerra. Eu me dedico,
e é o que recebo.”
A paixão esmaeceu. A convivência árida. O amor esquecido. Não mais se escuta palavra adocicada. Sem risos
e contato pele a pele e mormente, boca amarga e fel no
estômago e coração.
Nenhum
dos dois dispostos a largar o casamento,
mesmo ilusão morta. Guerrilha tenebrosa construída em mentes férteis. Alfinetadas
diárias, instável humor, monotonia. Tempo
passando.
A
vida antes “nós”, transforma-se em
“nó”.
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