terça-feira, 29 de maio de 2018

TRAVESSURA NA ESTRADA


   Ultimamente deram para valorizar as experiências dos mais velhos. Cada vez ultrapassamos e muito os sessenta e histórias que antes não davam ibope, agora rendem boas risadas e muita aventura.

   Ella e Jonhn é um desses filmes e saí da cinemateca bem alegre com a visão dos casais que são verdadeiramente companheiros até o final. Este filme entrou agora em cartaz e no dia que fui assisti-lo me surpreendi, estava lotado - a maioria da minha idade, claro. Vez ou outra via-se casal jovem ou acompanhante juvenil. Não entendi bem o porquê, pois não vi nenhum marketing a respeito dessa película italiana/francesa de 2017.

    No Brasil a estreia se deu em 2018. E a questão do Alzheimer está presente. Durante ação a gente entende a surpreendente situação em que se vê o doente, num minuto tendo acesso às suas informações cerebrais de forma coerente, e, no minuto seguinte, já não sabe expressar o que quem como onde, completamente alheio ao que acontece ao redor.

   E isso, no filme, ganha o aspecto menos dolorido que a intensificação da doença nos apresenta. É ficção, é sétima arte, burilada a nos fazer ver a realidade de outra forma. Ella e Jonhn fazem os filhos se desesperarem com suas deliciosas travessuras que, no fundo, foram bem urdidas. Entendi, então, porque o cine lotou!

   Como não quero atrapalhar experiência de ninguém, sugiro que não deixem de assistir. Me fez lembrar de Elza e Fred e Amor... O companheirismo é fundamental na velhice... quando não o temos... Amizade supre!  Eu penso. Afinal não são todos que têm o privilégio de relação estável.

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