Não tem escapatória. Último dia de abril, não há como passar em branco o mês. Confesso, estou em maus lençóis atualmente. A escrita vem tomando dimensão de obrigação. Escrevendo toda semana, mas receosa na postagem de tais textos.
O uso da ficção tem feito sentir o drama na composição de personagens e a responsabilidade pela elaboração num ritmo coerente, visando escrita limpa, direta e sem tanta explicação. Tal processo tem levado a reflexão sobre a produção.
A exigência de leitura e mais leitura, a criticidade no processo de feitura, de edição, de compromisso com a língua, a oralidade, faz que impasses interfiram na dinâmica, que se pensa fluente, mas não. Desemboca numa cobrança interna.
Juntando tudo, ainda existe desculpa para paralisar trabalho. Fuga das ideias e ambiente. Dúvidas e questionamentos despontam como cacho de uva. E juntando o amontoado, faça-se pausa.
No fundo no fundo é hora de "uma solidão de verdade", plagiando Christian Dunker em Reinvenção da Intimidade, Políticas do Sofrimento Cotidiano.
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