sábado, 16 de março de 2013

TU ÉS PÓ E AO PÓ RETORNARÁS!


               
               Lendo o versículo da Bíblia: “No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes a terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás”, capítulo 3 do Gênesis é que tive a ideia de falar sobre ela – A MORTE. Não me veio Pasárgada, tão poeticamente cantada por Manoel Bandeira.

            Antes de enfronhar mais no assunto também gostaria de apresentar outro tipo de experiência que pelo lado irônico e cômico me deliciou. O filme O Encontro Marcado, de 1998, com o Brad Pitt travestido de morte é muito gostoso. A nossa amiga (ou qualquer outro nome que você queira...), Dona Morte, traz uma beleza que sabemos na realidade não tê-la. A morte se apaixona pela filha do homem que foi buscar, e agora tem o intuito de descobrir o que existe de tão belo na vida que as pessoas se assombram tanto com ela (a morte).

             Faz um acordo com o homem; dá-lhe mais tempo com a condição de lhe mostrar o que é felicidade. Contrato feito, a morte vivencia a dor do amor, o medo da separação, a dificuldade em deixar o amor livre e ir; entende finalmente o humano em sua complexidade.

            Mas eu, só consigo ver a nudez da coisa em sua crueza. O versículo da Bíblia serve-me fora de suas entrelinhas. A morte é apenas uma fase natural explicada pela ciência: nasce, cresce e morre! Como todos os seres vivos da natureza... O ser humano não é diferente!

            Por isso lido com a existência como o momento integral do ser. Como diz Marguerite Duras, é na vida que somos imortais; portanto, a vivência em sua verdadeira intensidade é que deve ser perseguida. 

            O bem viver e a busca por bons momentos como um projeto de vida em constante dialética – enquanto não chega a hora de tornar ao pó!

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