Lendo o versículo da
Bíblia: “No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes a terra, pois dela
foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás”, capítulo 3 do Gênesis é que
tive a ideia de falar sobre ela – A MORTE. Não me veio Pasárgada, tão
poeticamente cantada por Manoel Bandeira.
Antes de enfronhar mais no assunto também gostaria de
apresentar outro tipo de experiência que pelo lado irônico e cômico me deliciou.
O filme O Encontro Marcado, de 1998, com o Brad Pitt travestido de morte é
muito gostoso. A nossa amiga (ou qualquer outro nome que você queira...), Dona
Morte, traz uma beleza que sabemos na realidade não tê-la. A morte se apaixona
pela filha do homem que foi buscar, e agora tem o intuito de descobrir o que
existe de tão belo na vida que as pessoas se assombram tanto com ela (a morte).
Faz um
acordo com o homem; dá-lhe mais tempo com a condição de lhe mostrar o que é
felicidade. Contrato feito, a morte vivencia a dor do amor, o medo da
separação, a dificuldade em deixar o amor livre e ir; entende finalmente o
humano em sua complexidade.
Mas eu, só consigo ver a nudez da coisa em sua crueza. O
versículo da Bíblia serve-me fora de suas entrelinhas. A morte é apenas uma
fase natural explicada pela ciência: nasce, cresce e morre! Como todos os seres
vivos da natureza... O ser humano não é diferente!
Por isso lido com a existência como o momento integral do
ser. Como diz Marguerite Duras, é na vida que somos imortais; portanto, a
vivência em sua verdadeira intensidade é que deve ser perseguida.
O bem viver e a busca por bons momentos como um projeto de vida em constante dialética – enquanto não chega a hora de tornar ao pó!
O bem viver e a busca por bons momentos como um projeto de vida em constante dialética – enquanto não chega a hora de tornar ao pó!
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