sábado, 31 de maio de 2014
MENSAGENS DE O FIO DA NAVALHA
Dias desses assisti o filme O Fio da Navalha, de 1946, direção de Edmund Goulding. Foi bem legal porque entre os episódios, o crítico da TV Cultura, Rubens Ewald Filho deu um apanhado do filme e seus personagens principais. Sobre o ator Tyrone Power, que tinha um futuro promissor e morreu cedo aos 44 anos; a atriz que contracenou com ele, Gene Tierney (com um olhar intenso!) teve uma vida conturbada e momentos de depressão.
A história de dois apaixonados com visão de mundo diferenciada. Ele ainda não tendo claro para si o que queria da vida, esperava que ao viajar para lugares distantes pudesse descobrir a insatisfação existencial. Ela, apesar de gostar dele, sonhava com uma vida de luxo, estabilidade financeira e preocupações superficiais.
Ele passa dez anos vivendo na Índia procurando assimilar qual o verdadeiro objetivo da vida. Em seu aprendizado com um mestre indiano que lhe transmite a importância de três bases fundamentais: a fé; o trabalho e a sabedoria; os quais ele teria que passar para descobrir-se. Caminha por entre essas bases na busca da almejada segurança interior, tentando eliminar a angústia que lhe domina, buscando respostas aos questionamentos humanos.
O mestre define cada uma das bases: a fé deverá buscar na vivência do religioso durante sua estada naquele lugar; o trabalho como a fonte que vai dignificar a sua energia e reconhecer a importância do trabalho pesado no espírito do homem; a sabedoria que está inscrita na leitura dos livros sábios que devem ser lidos.
Retorna para a sua cidade certo de que encontrou a resposta aos seus anseios mais profundos. Reencontra a antiga namorada, agora casada com duas filhas. Ela ainda sente que é apaixonada por ele e faz de tudo para que ele não se case, que seja dela. Inclusive destrói a vida da antiga amiga que sofre com problemas de dependência alcoólica, a qual ele escolheu para casar-se.
Nesse ritmo ele caminha, sendo solidário com as dores humanas de outras pessoas, tolerante com todos e disponível para atender aos caprichos de cada um, não preocupando-se consigo mesmo. Até que com a morte da noiva decide engajar-se nas forças navais, no trabalho duro dos navios. Tendo claro que a vida que deseja é a de servir ao próximo, longe das mediocridades sociais.
Rever a fita na época em que me encontro trouxe boa reflexão! O filme é lindíssimo e com muitas mensagens duradouras, que persistem necessárias nos dias de hoje.
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