segunda-feira, 5 de agosto de 2013

DOMINGO MUY BUENO!

  

    Hoje, domingo, foi um dia atípico aqui em casa. Meu cunhado chegou com um vinho e em plena onze horas da manhã estávamos saboreando um bom vinho. Agora ele deu pra ficar exigente quanto à safra e  o sabor dos vinhos. E assim ficamos, curtindo o prazer de uma boa conversa, os causos de família que não poderiam deixar de existir e as risadas, as boas risadas salutares à saúde.

   Claro que regados a boas doses de água também. E lá se vão três garrafas sem nenhum problema, principalmente porque eu, experiente no atendimento de alcoolistas, não convivo com os excessos. Sempre acompanhado por alimentação, água e glicose. É inconcebível que não tenhamos um determinado controle dito racional. Não é o que acontece com as pessoas com dificuldade na ingestão de bebidas. E na minha vida como especialista presenciei situações onde o simplismo não pode ser discriminado como o faço aqui. É uma outra história.

   Mas, conversa vai, conversa vem, a gente acaba sabendo histórias antigas e conheci algumas novidades da família. Como por exemplo, a chatura do meu marido, quando jovem, aos cuidados destemperados com o seu carrinho. Ninguém podia entrar no carro sem limpar bem os pés. Eu vivi as tais situações e rimos muito desse tempo. Só melhorados com a experiência e a maturidade, com a vinda dos filhos onde se vai exercendo a tolerância e aprendendo a ser mais acessível. Também a importância da complementariedade: eu ajudei-o a melhorar como pessoa e ele fez o mesmo por mim. Essa reciprocidade nos relacionamentos é o lance que vai sendo construído no cotidiano.

   Acabei também lendo um jornal do meu bairro, após a ida do cunhado, e me deliciei com as lembranças de uma pessoa sobre os tempos de construção do bairro e sua transformação. Contou sobre a criação de cabras em plena rua Pitangui (próximo onde hoje é o Estádio do Independência, também chamado de 7 de setembro). Das visitas bem de manhãzinha do leiteiro com o leite recém retirado e a fila de pessoas com o litro na mão à espera de atendimento. E a farra da criançada, as brincadeiras, os muitos risos, gostei tanto porque me fez também relembrar que no bairro em que eu morava era tal e qual. Agora, lá se vão sessenta anos como ela o disse e as transformações estão aí. Como é característico de nós, que envelhecemos, sempre gostamos de recordar velhos tempos.

   E assim a história vai se fazendo, com as histórias contadas pelos que passaram por tais momentos e que vão enriquecendo-as ainda mais pelo contexto da particularidade que cada um lhe dá. Aí junta-se a verdade da vivência daquela pessoa, com o acontecido propriamente dito. É muito bonito esta construção da história do homem.

   Vinho, boas recordações, prazeres salutares da convivência entre as pessoas. É o que vale nessa vida, os encontros e o diálogo, sempre possibilitando o reconhecimento do outro. "Gracias a la vida"!!!

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