quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

ENVELHECER

  Conversando com uma mulher de mais ou menos 65 anos, o assunto envelhecimento veio à tona com todas as nuances e consequências desse estado. Ela comentando como é difícil manter o peso, as dificuldades para o caminhar, doenças se instalando, o mal estar quando está calor demais e em tom mais jocoso falou da tal "melhor idade" que agora inventaram no mercado, como forma de nos agradar - Quem disse que é melhor idade???

   Continuamos a conversa e eu (que sempre vejo o lado positivo da vida) comecei com meus argumentos. Realmente eu prefiro assumir que estou a caminho da VELHICE (isso mesmo, com letra maiúscula), ir lidando melhor com a limitação do corpo, da saude, da energia, da memória, ...

   Ela ia comentando, eu ia apontando o que se pode fazer para "dar um drible" nos pensamentos padronizados e desanimadores. Citei o exemplo dos exercícios físicos que além de melhorar a qualidade de vida; melhora a  mobilidade e flexibilidade, fornecendo a resistência necessária para a energia e força, tão importantes para carregarmos o nosso corpo, que se torna mais pesado com a idade; melhora o astral dando mais alegria e prazer; ... Já está comprovada a eficiência do exercício físico, feito com responsabilidade, para nós que passamos dos 50 e queremos manter a atividade num nível saudável. Nada de exageros... O tal do "corpismo"  não tem a ver com pessoas resolvidas e que se assumem.

   Minha médica comentou comigo que assim que entramos na menopausa (não sei se acontece o mesmo com os homens???) sem nenhum esforço ou mudança na dieta já ganhamos de "brinde" 5 (cinco) quilos de graça, devido à enxurrada de hormônios em transição. Puxa vida! Imagina então se não nos cuidarmos... Aparecem os indesejáveis problemas de saúde (diabetes, cardiopatias, ...).

   Quem me vê expressando tais conceitos de forma tão tranquila nos dias de hoje, não imagina como eu tinha dificuldade de lidar com o envelhecimento na juventude. Meu terapeuta até dizia que eu deveria trabalhar com velhos para realmente "cair na real". Hoje, eu gosto do meu envelhecer, a cada dia fico mais surpreendida com a capacidade que temos de aceitar " o aqui e agora", acho até que estou mais bonita do que algum tempo atrás (será que o conselho do Dr. T funciona???), me permito sentir mais prazer em tudo que faço (e faço muito melhor com tal perspectiva).

   Se o meu terapeuta daquela época me visse hoje diria que realmente o "conhecer a si mesmo" funcionou com a Marc Gogh. Nada como ser autenticamente uma mulher na fase de seu entardecer. Como os tempos mudaram!!!   

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