Ontem acabei de ler meu primeiro livro do ano (faz parte do meu projeto de vida ler pelo menos 1 livro/mês). Mas não se enganem, é até uma vergonha eu ter demorado tanto para finalizar este livro, já que tem somente 115 páginas - bom, o importante é que tenho um espaço para leitura e isso sempre faz bem para quem gosta. E eu amo.
Li o livro "Câmera na mão, o Guarani no coração", do Moacyr Scliar. É além de uma adaptação juvenil do clássico "O Guarani" de José de Alencar (que li na adolescência), pois traz juntamente a história de grupo de jovens que elaboram vídeo sobre o tema do livro. É da Editora Ática, que tem adaptações de clássicos e muitos foram feitos pelo Scliar: "A palavra mágica" - lindo livro, uma história simples, numa escrita leve, que faz a gente ter vontade de ir adiante. Um livro juvenil e delicioso; " O sertão vai virar mar" - conta a luta do Antônio Conselheiro e sua resistência à dominação nordestina, muito gostoso para entender a história deste herói nordestino de forma mais leve; "No caminho dos sonhos" que é o relato leve da epopeia de Camões em "Os Lusíadas". Muito bons!
Eu sou apaixonada pelo Moacyr Scliar, gosto muito do estilo de sua escrita, se foi escrito por ele, com certeza, não deixo de ler de jeito nenhum. Adorei "A mulher que escreveu a Bíblia", "O centauro no jardim",... O triste é que ele nos deixou no ano passado (infelizmente no mesmo dia que também perdi meu pai).
Voltando ao O Guarani, quando o li, fiquei com muita raiva do José de Alencar por causa do final, e graças ao Moacyr Scliar, hoje, me restabeleci com ele. Na ânsia da juventude, em que queremos que aflorem os romances (isso naquela época... Não sei hoje) ele termina o livro sobre chuvas torrenciais e que nunca terminam... Deixou em mim um nó na garganta, pois esperava um final idealizado.
Tem uma frase do Moacyr Scliar que anotei pelo significado: "Escrever é transformar emoção em textos" . Lembrei também das frases do Wander Piroli, que li no Suplemento Literário do Minas Gerais, pois ele demonstrou ser um apaixonado pela literatura: "Escrevo porque gostaria que algumas coisas não morressem, não acabassem"; "A inspiração para escrever é a própria vivência e a experiência compartilhada".
Eu vou me espelhando em autores, filmes, frases, situações... E compartilhando a minha vivência neste século XXI.
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