domingo, 21 de outubro de 2012

ACEITAÇÃO DO TEMPO


     Enrolei e não contei sobre o outro filme até hoje, hein! O filme é muito gostoso, cheio de reflexões sobre a vida, também pudera, o filme pertence ao mago Woody Allen, que vira e mexe nos remete às discussões sobre nós mesmos. 

   Em Tudo pode dar certo, de 2009, ele cria uma história de uma jovem mocinha ingenua e simples, que se apaixona por um velho inteligente, irônico e cômico ao mesmo tempo, crítico e neurótico por outro. Semelhanças com o autor???

   A vida dos dois caminha tranquila até que aparece a mãe da moça, que separou-se do marido. Ela conhece dois homens que a complementam e passa a viver com eles uma "ménage à trois". 

   O marido aparece também e se redescobre um novo homem aceitando sua homossexualidade.

   A moça conhece um homem mais jovem e se apaixona. O velho ao saber disso pula a janela e cai bem em cima de sua futura mulher. O inusitado está em todo o filme, mas com possibilidades de isso ser verdade na realidade que nos circunda, porque não?! 

   Mudando de alhos para bugalhos... Eu li na revista Veja, acho que da semana passada, uma citação do Emiliano Queiroz ( O "Seu" Borboleta da novela O Bem Amado, de Dias Gomes) que achei bem interessante. Ele fala da palavra velho: "Eu gosto da palavra velho. Eu já fui criança, moço, adulto e agora sou velho!"

   Eu gostei tanto da forma simples como ele transmitiu para a gente sobre a aceitação da velhice, que me solidarizei com ele. Também não tenho nenhum constrangimento de referir-me a mim mesma como velha. Muitas pessoas se assustam, querem mudar de assunto, dizem que estou jovem ainda, que exagero, eu apenas traduzo a verdade - eu sou velha!

   O importante é a forma como enxergamos o mundo, a vida à nossa volta, a permanência da atividade... Muito riso, sorrisos, busca do novo, sempre...Nada como aceitar que tudo pode dar certo em qualquer idade que se esteja!

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