sábado, 27 de outubro de 2012

MÚSICA, SARAU LITERÁRIO...

  
Eu espertinha, aproveito para mostrar a foto
que tirei com o cantor  Carlinhos Brown quando  vinha a Belô

    Plena sexta feira com um calor daqueles... Eu aqui no computer... Mas pelo menos o vento está correndo e entra alvoroçado pela minha janela enquanto estou aqui na digitação. Uma frescura boa que invade quarto adentro.

   Lá fora, o som eclode na musicalidade de pandeiros, tamborins e cavaquinhos, numa reunião de amigos cantando a vida e o encontro. A alegria da música é realmente contagiante e me pega de jeito. Além do que, o grupo é só do povo jovem, no auge das descobertas. Como disse o cantor Péricles, da canção Minha Razão, todos os pais deviam incentivar os filhos para o aprendizado da música e dos instrumentos musicais, pois o ambiente traz uma contribuição muito rica para a juventude. 

   Fui a um sarau literário e o tema foi sobre a escrita. Cada um colaborou na pesquisa de escritores que tivessem versado sobre o tema. Eu levei a visão da escrita sob a ótica do escritor Ernest Hemingway no livro Paris é uma Festa. Repasso aqui, pois talvez haja alguém que queira algumas dicas. Eis:


ESCRITA SEGUNDO HEMINGWAY EM PARIS É UMA FESTA 
(iniciou a escrita do livro em1957, descreve o período que 
viveu em Paris, ano de 1926/27)



ü  Carregar sempre um caderno de notas e um lápis (ou caneta);
ü  Captar as experiências climáticas do dia e colocá-las na história
(o que ele chamou de transportar-se);
ü  Estar atento ao redor, apreciar os tipos característicos para
possíveis contos;
ü  “O conto escrevia-se por si próprio e eu tinha dificuldade em
conduzi-lo...”
ü  Na hora da escrita concentrar-se no caderno e lápis;
ü  Sentir-se cansado após a produção de um conto;
ü  Após o trabalho de escrita, sentir-se vazio e simultaneamente
triste e feliz, como se tivesse acabado de se entregar ao amor físico;
ü  Apreciar a paisagem como se fosse uma pintura, uma escultura;
ü  Trabalhar a escrita até ter alguma coisa acabada e só parar 
quando souber o que vai acontecer depois. Desse modo sabia que podia
continuar no dia seguinte;
ü  Quando iniciar um novo conto e não achar jeito de continuar,
se distrair com outra coisa, contemplar outros ares;
ü  Afirmar para si mesmo:”você sempre escreveu antes e há de escrever
agora...”, nas horas de insegurança; “Tudo que tem a fazer é escrever
uma frase verdadeira. Escreva a frase mais verdadeira que você
souber...” assim conseguia avançar;
ü  Escrever sobre coisas que conhece realmente bem. “Era o que me 
esforçava por fazer sempre e esse método constituía uma boa e severa
disciplina.”;
ü  Aprender a não pensar mais no que estava escrevendo, até o
momento de começar de novo;
ü  Ler muitos livros para não ficar obcecado pelo próprio trabalho e ficar
impotente;
ü  Produzir significa sorte e disciplina... Uma sensação maravilhosa;
ü  Apreciar as pinturas e aprender com elas novos significados;
ü  “O trabalho (da produção escrita) pode curar tudo, era o que eu
pensava então e é no que acredito ainda agora.”;
ü  Teoria dele: omitir qualquer coisa de um conto, desde que se saiba
por que se omitiu e a parte omitida reforce a narrativa, fazendo com
 que os leitores sintam alguma coisa além daquilo que entenderam.;
ü  Na tentativa de escrever um romance, até conseguir; ser necessário
escrever contos mais longos, como treino e, de preferência sobre
aquilo que conhecesse melhor;
ü  Fazer-se perguntas: “Haveria algum assunto que eu conhecia melhor
sobre o qual já não tivesse escrito um conto?”; “O que é que eu
conhecia realmente e que mais me interessava?”;
ü  “Um escritor completamente desambicioso e o bom poema inédito, 
eis duas coisas que muita falta nos fazem hoje em dia.”
   O Hemingway está me ajudando bem nas inspirações... A gente vê que sempre
é tão sofrida a arte da produção literária... 

Muito bonita a visão do escritor. Eu me apaixonei!

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