Eu espertinha, aproveito para mostrar a foto que tirei com o cantor Carlinhos Brown quando vinha a Belô |
Plena sexta feira com um calor daqueles... Eu aqui no computer... Mas pelo menos o vento está correndo e entra alvoroçado pela minha janela enquanto estou aqui na digitação. Uma frescura boa que invade quarto adentro.
Lá fora, o som eclode na musicalidade de pandeiros, tamborins e cavaquinhos, numa reunião de amigos cantando a vida e o encontro. A alegria da música é realmente contagiante e me pega de jeito. Além do que, o grupo é só do povo jovem, no auge das descobertas. Como disse o cantor Péricles, da canção Minha Razão, todos os pais deviam incentivar os filhos para o aprendizado da música e dos instrumentos musicais, pois o ambiente traz uma contribuição muito rica para a juventude.
Fui a um sarau literário e o tema foi sobre a escrita. Cada um colaborou na pesquisa de escritores que tivessem versado sobre o tema. Eu levei a visão da escrita sob a ótica do escritor Ernest Hemingway no livro Paris é uma Festa. Repasso aqui, pois talvez haja alguém que queira algumas dicas. Eis:
ESCRITA
SEGUNDO HEMINGWAY EM PARIS É UMA FESTA
(iniciou a escrita do livro em1957, descreve o período que
viveu em Paris, ano de 1926/27)
(iniciou a escrita do livro em1957, descreve o período que
viveu em Paris, ano de 1926/27)
ü Carregar
sempre um caderno de notas e um lápis (ou caneta);
ü Captar
as experiências climáticas do dia e colocá-las na história
(o que ele chamou de
transportar-se);
ü Estar
atento ao redor, apreciar os tipos característicos para
possíveis contos;
ü “O
conto escrevia-se por si próprio e eu tinha dificuldade em
conduzi-lo...”
ü Na
hora da escrita concentrar-se no caderno e lápis;
ü Sentir-se
cansado após a produção de um conto;
ü Após
o trabalho de escrita, sentir-se vazio e simultaneamente
triste e feliz, como
se tivesse acabado de se entregar ao amor físico;
ü Apreciar
a paisagem como se fosse uma pintura, uma escultura;
ü Trabalhar
a escrita até ter alguma coisa acabada e só parar
quando souber o que vai
acontecer depois. Desse modo sabia que podia
continuar no dia seguinte;
ü Quando
iniciar um novo conto e não achar jeito de continuar,
se distrair com outra coisa, contemplar outros ares;
se distrair com outra coisa, contemplar outros ares;
ü Afirmar
para si mesmo:”você sempre escreveu antes e há de escrever
agora...”, nas horas
de insegurança; “Tudo que tem a fazer é escrever
uma frase verdadeira. Escreva a frase mais verdadeira que você
souber...” assim conseguia avançar;
ü Escrever
sobre coisas que conhece realmente bem. “Era o que me
esforçava por fazer
sempre e esse método constituía uma boa e severa
disciplina.”;
ü Aprender
a não pensar mais no que estava escrevendo, até o
momento de começar de novo;
momento de começar de novo;
ü Ler
muitos livros para não ficar obcecado pelo próprio trabalho e ficar
impotente;
ü Produzir
significa sorte e disciplina... Uma sensação maravilhosa;
ü Apreciar
as pinturas e aprender com elas novos significados;
ü “O
trabalho (da produção escrita) pode curar tudo, era o que eu
pensava então e é
no que acredito ainda agora.”;
ü Teoria
dele: omitir qualquer coisa de um conto, desde que se saiba
por que se omitiu e
a parte omitida reforce a narrativa, fazendo com
que os leitores sintam alguma coisa além daquilo que
entenderam.;
ü Na
tentativa de escrever um romance, até conseguir; ser necessário
escrever contos
mais longos, como treino e, de preferência sobre
aquilo que conhecesse melhor;
ü Fazer-se
perguntas: “Haveria algum assunto que eu conhecia melhor
sobre o qual já não
tivesse escrito um conto?”; “O que é que eu
conhecia realmente e que mais me
interessava?”;
ü “Um
escritor completamente desambicioso e o bom poema inédito,
eis duas coisas que
muita falta nos fazem hoje em dia.”
O Hemingway está me ajudando bem nas inspirações... A gente vê que sempre
é tão sofrida a arte da produção literária...
é tão sofrida a arte da produção literária...
Muito bonita a visão do escritor. Eu me apaixonei!
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