Eis a última descrição do dia sobre os filmes que me tocaram:
A VIDA DOS OUTROS
O filme conta a história do período repressivo da Alemanha e a história começa nos idos de 1984 (tal qual o livro 1984, de George Orwell), onde a polícia perscruta a intimidade de seus moradores/cidadãos, com escutas e espionagens para todo lado, cerceando a liberdade individual e de expressão.
O filme é lindo! E o personagem mais marcante e que encontra o seu verdadeiro eu é o homem que faz a escuta do que ocorre no apartamento de um escritor de peças de teatro. Ao participar da intimidade daquele casal, ele se dá conta da existência do amor, do companheirismo, da dor existencial de viver num país coercitivo e punidor.
E é através da música "Sonata para um homem bom" que ele passa por transformações e se humaniza. Uma fala do escritor também contribui para a reflexão; quando, após o término da música, o escritor diz: "Será que um homem que escute esta melodia, bem no fundo de sua alma, não seria um homem bom?..." Parece que esse homem resgata o seu lado bom e realmente faz algo que transforma aquela realidade - não entrega o escritor para as autoridades.
Tanto o livro 1984 quanto este filme me marcou extremamente. O filme "A Vida dos Outros" sintetiza de forma belíssima, mais esperançosa, um futuro que viria com a queda do muro de Berlim.
O que me marcou no filme foi o "medo", o medo de viver, de estar sendo vigiado a todo o instante e os personagens souberam transmitir com tamanha beleza. E no final o agradecimento do escritor ao seu antigo algoz - por seu momento de lucidez humana.
Valeram as leituras magníficas do livro (um clássico) e do filme.
Um filme tocante e marcante, que mais uma vez alerta para o perigo e a desgraça do totalitarismo, da tomada do poder por homens de mentalidade totalitária e cruel, capazes de tudo para se manter no poder, inclusive tentar destruir a humanidade de seus concidadãos. A mensagem de esperança do filme é transmitida pela transformação sofrida pelo personagem HGW, ao sentir pulsar em seu âmago sua essência humana que vinha sendo perdida em função do processo de doutrinação a que havia submetido e que aprendeu a reproduzir na formação de seus "alunos", os novos agentes da Stasi. Essa obra é es[ecialmente importante em 2025, no momento em que o Brasil, ironicamente, comemora o Oscar de melhor filme estrangeiro, o mesmo vencido por "A Vida dos Outros"em 2006, denunciando o horrores de huma ditadura enquanto vive mais uma vez em uma ditadura com os mesmos personagens com novo atores.
ResponderExcluir