segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

HOMEM COMUM

   Já li o livro do Philip Roth, "Homem Comum". Tinha lido críticas a respeito. Não consegui deslanchar muito até a página 42 e o mesmo senti sobre o conteúdo, o que não tornava a leitura nada interessante. Inclusive percebi dois trechos que considerei fracos (será que posso???). Mas continuei a leitura por interesse ao tema - reflexões existenciais sobre a morte e o morrer.
   
   O romance traz a fase da velhice de forma muito pessimista na visão de um homem  de 71 anos de idade, imaturo, vaidoso e que no final da vida se vê solitário. Ele, que na juventude viveu a presença de diversas mulheres, num tipo de vida mais mundana, sem as bases de um sentimento verdadeiro; do qual ele não se deu conta quando o tinha verdadeiramente.

   O livro é triste, melancólico, mas necessária a leitura para uma reflexão sobre o que estamos fazendo com a nossa vida e com o tempo que nos resta "agora".

   Em certos trechos senti como se levasse um "soco", isso mesmo, é muito pesado. Mas o personagem é realmente muito comum, primitivo se pode dizer. Provavelmente a história vista pelo lado da ex-mulher dele "Phoebe" teria sido mais interessante e com mais conteúdo (do meu ponto de vista). Mas essa foi a intenção do autor, não é! Fazendo uma análise dos homens penso que muitos deles seriam enquadrados tal qual o personagem: pobres, sem objetivos, medíocres (como todos nós realmente o somos), egoístas (preocupados apenas com as próprias necessidades). 

   Há! No livro tem uma frase que associei a produção literária: "Os amadores procuram inspiração, os outros arregaçam as mangas e trabalham". Penso que o verdadeiro escritor busca a inspiração no trabalho cotidiano de escrever. Deve ser muito difícil.

   Até me interessei em ler também o livro do Ernest Hemingway onde ele conta sua história, um pouco autobiográfico sobre a vida de escritor,  de 1964, Editora Círculo do Livro. 

Achei interessante no início que o autor fala que iniciou o livro em 1957. Eu tinha apenas um ano de idade, portanto o livro é mais novo do que eu por  pouco tempo. O título é "Paris é uma festa". 

   Parece que o Hemingway faz uma descrição  do seu cotidiano e de suas dificuldades para escrever. Ele escolheu ser escritor e deixou o jornalismo para se dedicar integralmente a esse projeto.

   Achei muito legal as colocações dele sobre o ato de escrever; como funciona; o medo de não ter mais ideias sobre o que escrever; a dependência da escrita para a sua sobrevivência; a sua coragem, às vezes, seu desânimo; seu gosto pelas bebidas e lugares de Paris. Desta vez me permiti até a marcar as partes que me interessaram; alguns lugares que conheci e outros que pretendo conhecer um dia se ainda existem. Quem sabe!

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